Os investimentos no pólo paranaense na década de 90 somaram US$ 2 bilhões apenas nas novas montadoras, que trouxeram ao estado 53 "sistemistas" empresas que, a partir de componentes produzidos por terceiros, montam sistemas de portas, painéis, vidros etc. Com isso, o setor veículos e autopeças, que até 1997 respondia por 9% do faturamento industrial do estado, ampliou sua participação para os atuais 19%.
O problema é que boa parte das empresas locais pouco ganharam com as novas montadoras. De 58 potenciais fornecedoras pesquisadas em 1998 pelo Programa Paraná Automotivo, do Sindimetal-PR, 14 já vendiam a montadoras antes da chegada de Volkswagen e Renault. Oito anos depois, são 28 ou seja, 30 ainda estão de fora. Além disso, apenas 10% das autopeças produzidas no Paraná são vendidas às montadoras paranaenses a maioria vai para outros estados.
A Metalkraft, que faz fundição e usinagem de peças de alumínio em Pinhais, fornece para Ford, DaimlerChrysler (caminhões), General Motors e Fiat mas, no Paraná, seu único contrato é com a CNH, que absorve apenas 8% de sua produção. "Para as empresas locais o resultado foi muito pequeno", confirma Dorival Soares, diretor de produção da curitibana Ibratec, que tem a Volvo como único cliente paranaense.
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