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Obama e McCain ficaram sentados em extremidades opostas: ambos deixaram a Casa Branca por uma saída secundária | Jim Young / Reuters
Obama e McCain ficaram sentados em extremidades opostas: ambos deixaram a Casa Branca por uma saída secundária| Foto: Jim Young / Reuters

À medida que a desordem nos mercados financeiros ameaçava, nesta quinta-feira (25), o primeiro debate entre os candidatos na campanha presidencial americana, pareciam remotas as chances de que fosse alcançado ainda nesta quinta um acordo sobre o pacote de US$ 700 bilhões que a administração do presidente George W. Bush enviou ao Congresso, mesmo após a reunião entre o presidente, os candidatos Barack Obama (democrata), John McCain (Republicano) e os líderes dos dois partidos.

O senador republicano Richard Shelby (do Alabama) saiu da Casa Branca ao final do encontro e disse que não há acordo, mas as negociações continuam no Congresso.

"Eu não acredito que temos um acordo. Ainda existe muita divergência de opiniões", disse Shelby, que integra o comitê sobre o sistema bancário no Congresso.

Os líderes da Casa Branca e do Congresso dos EUA prometerem que vão continuar trabalhando juntos para finalizar um plano de socorro de US$ 700 bilhões para o setor financeiro, afirmou a porta-voz da Casa Branca Dana Perino. "Existe um claro senso de urgência e concordância sobre a necessidade de estabilizar os mercados financeiros e evitar que uma massiva crise financeira afete todos na América", disse Perino.

O comunicado foi emitido após o encontro entre Bush, líderes do Congresso de ambos os partidos e os candidatos à presidência Barack Obama e John McCain para discutir o plano.

Nem McCain e nem Obama falaram à imprensa logo após o encontro com Bush. Ambos deixaram a Casa Branca por uma saída secundária, fechada a jornalistas. Dois assessores, de qualquer maneira, apareceram e disseram que Obama fará um comunicado logo mais tarde, na noite desta quinta-feira (25), em um hotel em Washington. McCain voltou ao prédio do Congresso, o Capitólio.

McCain não informou se irá ao primeiro debate presidencial, ainda marcado para a noite desta sexta-feira (25), na Universidade do Mississippi. Até o final da tarde de hoje, o republicano mantinha a posição de não participar do debate com Obama.

Mais cedo nesta quinta-feira, congressistas de ambos os partidos disseram que um acordo preliminar havia sido fechado para o pacote.

Após duas horas de negociações no Congresso, o senador Chris Dodd (democrata) disse que "estamos muito confiantes que poderemos agir com rapidez". O acordo preliminar então fechado previa que o pacote seria liberado em parcelas, a primeira das quais seria de US$ 250 bilhões.

O presidente Bush voltou a alertar todos os participantes, antes do encontro, que existe risco sério de recessão se o acordo não for aprovado em breve.

"Vamos entrar em uma crise econômica séria no país se não aprovarmos uma legislação", disse Bush à imprensa antes do início do encontro na Casa Branca. "Sabemos que precisamos fazer algo o mais rápido possível", disse o presidente. "Minha esperança é que possamos alcançar um acordo muito em breve". As informações são da Associated Press e Dow Jones.

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