O candidato democrata à Presidência dos EUA, Barack Obama, disse nesta quarta-feira (24) que o debate de sexta-feira (26) entre ele e o republicano John McCain deve ser mantido.
Pouco antes, McCain havia anunciado que vai suspender os seus atos de campanha para voltar a Washington nesta quinta e ajudar nas negociações para aprovar o pacote de socorro à economia dos EUA.
Ele também havia pedido a Obama que o debate marcado para esta sexta na Universidade do Mississippi em Oxford, o primeiro da campanha, fosse adiado para não atrapalhar as negociações do pacote.
Obama discordou do adiamento e disse que, "mais do que nunca", é importante realizar o debate.
"É neste momento que os americanos precisam ouvir a pessoa que, dentro de aproximadamente 40 dias, será responsável por lidar com este desastre", disse Obama em entrevista.
"O presidente terá de se ocupar de mais de um assunto ao mesmo tempo", disse o senador por Illinois, explicando o motivo pelo qual defende a manutenção do debate.
Obama disse que é necessário colocar as diferenças de lado para encarar a crise. Ele disse que chegou a um acordo sobre os pontos que devem ser incluídos no pacote. Segundo o democrata, as duas campanhas estavam trabalhando nos detalhes de um comunicado conjunto quando McCain se adiantou e anunciou a suspensão dos atos de campanha.
McCain, que é senador pelo Arizona, disse temer que o pacote de resgate econômico, na sua configuração atual, não vá ser aprovado, e pediu que o presidente dos EUA, George W. Bush, convoque uma reunião entre parlamentares democratas e republicanos para negociar as medidas.
"É claro que não não existe um consenso para respaldar a proposta do governo, e não creio que o plano que está sobre a mesa vá ser aprovado em seu estado atual", disse McCain em um hotel em Nova York, depois de ter participado da Iniciativa Clinton, evento patrocinado pelo ex-presidente democrata Bill Clinton.