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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou nesta quarta-feira (18) que o governo trabalhe com uma meta formal para a taxa de câmbio. Segundo ele, a taxa de R$ 2,60, citada pelo ministro nesta terça-feira (17) como câmbio de equilíbrio durante o Encontro Nacional da Indústria, não era uma estimativa sua, mas sim da Goldman Sachs.

"No seminário [da indústria], noticiei pesquisa que aponta para uma possível valorização do câmbio. Foi um estudo da Goldman Sachs. Eu sei que é muito difícil estabelecer o que é câmbio de equilíbrio, mesmo porque estaria se modificando a todo instante em função de uma série de variáveis, como o nível de reservas, a taxa de juros... Apenas mencionei e disse claramente que não era a minha estimativa, e sim da Goldman Sachs. Deixei claro que não trabalhamos, e não subscrevemos, qualquer meta de câmbio, disse Mantega a jornalistas.

IOF para estrangeiros no Brasil

Um mês após o estabelecimento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicações estrangeiras em renda fixa, e em bolsas de valores no Brasil, o ministro afirmou que a medida foi "positiva e atingiu seu objetivo". "Chegamos à conclusão que a medida foi positiva e atingiu seus objetivos, que eram atenuar uma tendência de excesso de valorização do real que estava ocorrendo no período anterior. Depois disso, passou a haver certa estabilização", disse ele.

De acordo com o ministro, o objetivo do governo, com o IOF para estrangeiros, não era impedir a queda do dólar que, segundo explicou, "têm razões para se valorizar". "A moeda está mais forte porque reflete a melhor situação do país, que esta mais sólido e tem mais reservas. Queríamos evitar um excesso de valorização, ou retardar uma valorização [queda do dólar], que, se ocorrer de imediato é prejudicial para o país", afirmou. Mantega lembrou que a queda do dólar barateia as importações e torna as vendas externas das empresas brasileiras mais caras.

Nesta quarta-feira (18), o ministro Mantega anunciou, também, o estabelecimento de uma alíquota de Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) de 1,5% para a compra de ADR´s (American Depositary Receipts), ou seja, sobre recibos de ações de empresas brasileras negociados no exterior. Segundo ele, o objetivo é promover uma "equalização" de condições em relação aos investimentos feitos na bolsa de valores de Nova Iorque.

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