O governo não vai deixar a Eletrobras falir ou "perecer", disse nesta quinta-feira (22) o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim.
"Ninguém vai deixar a Eletrobras falir. Ela é fundamental", disse Tolmasquim. Ao ser questionado sobre quais medidas o governo poderia tomar para evitar a perda de valor da empresa, o presidente da EPE disse que não é o momento de se antecipar essa discussão.
Na quarta-feira (21), as ações preferenciais da Eletrobras tiveram a pior queda de sua história. Os investidores se mostraram assustados com os impactos que a provável renovação antecipada de concessões elétricas terá sobre a estatal.
A queda brusca fez com que a BM&FBovespa acionasse um dispositivo especial chamado "leilão limite intradiário" - que interrompeu a negociação do papel e é acionado sempre que a ação tem variação superior a 10%, tanto de alta quanto de baixa.
Pelo cálculo apresentado pela Eletrobras ao mercado na última sexta-feira (16), a renovação antecipada das concessões nos moldes estipulados pelo governo federal implicará no reconhecimento de perda de ativo de R$ 17,8 bilhões e em receita R$ 8,7 bilhões menor por ano.
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