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A Nokia, maior fabricante mundial de celulares, anunciou na quinta-feira que vai parar de produzir aparelhos que usam o padrão CDMA (Code Division Multiple Access), abandonando os planos de produzi-los em parceria com a japonesa Sanyo Electric.

A companhia finlandesa informou que deixará de fabricar celulares CDMA porque considera que esse mercado se reduzirá no longo prazo. A empresa, entretanto, ainda continuará vendendo aparelhos CDMA com sua marca, mas fabricados por terceiros. A tecnologia ainda é popular no mercado americano e no Brasil é operada apenas pela Vivo.

O padrão CDMA representa a tecnologia menos popular de telefonia móvel, utilizada por cerca de 25% a 30% dos assinantes mundiais desse tipo de serviço, e concorre contra o padrão GSM, usado por 70% dos dois bilhões de usuários mundiais de serviços de telefonia celular.

A Nokia detém o primeiro posto nas vendas mundiais de celulares, com base em sua força na tecnologia GSM, que ajudou a inventar. Mas no mercado de aparelhos CDMA, a companhia ficou para trás. Tentou não usar chips da Qualcomm, mas não pôde evitar o pagamento de taxas substanciais de licenciamento à empresa americana, que detém a maioria das patentes sobre a tecnologia CDMA.

As duas empresas têm antecedentes de amargas disputas sobre licenciamento de tecnologia e processos mútuos por violação de patentes.

A joint venture entre Nokia e Sanyo, anunciada em fevereiro, tinha o objetivo de desenvolver e produzir celulares CDMA, padrão dominante nos Estados Unidos e popular em partes da América Latina e Ásia, incluindo o Japão, Índia e China.

- Trata-se de uma decisão de negócios puramente pragmática, e nos separamos amistosamente - disse Kai Oistamo, chefe da divisão de celulares da Nokia à Reuters. - É um mercado que deve cair em longo prazo - acrescentou.

A Nokia anunciou uma provisão de 150 milhões de euros (US$ 190 milhões) sobre seus resultados do terceiro trimestre para reestruturar as operações com aparelhos CDMA, e informou que espera que a mudança eleve sua margem de lucro operacional.

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