A cúpula da StatoilHydro, empresa de petróleo controlada pelo governo da Noruega e investidora no Brasil, considera o modelo brasileiro de concessão "mais transparente" do que o sistema norueguês e espera que as mudanças capitaneadas pelo presidente Lula - baseadas na experiência da Noruega - sejam feitas rapidamente e não afetem as atuais parcerias com o setor privado. "Convivemos muito bem com o sistema daqui e do Brasil. Não sabemos qual será adotado no Brasil, mas acreditamos que ainda será capaz de atrair investimentos internacionais", disse o vice-presidente da estatal, Rolf Magne Larsen, durante encontro com jornalistas brasileiros na capital da Noruega.
No Brasil, as empresas ganham o direito de explorar campos petrolíferos em leilões promovidos pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). As vencedoras da licitação podem vender o produto extraído, pagando impostos e royalties (compensação financeira devida ao Estado pelas empresas). No sistema norueguês, não há leilão e o governo escolhe as empresas privadas que vão explorar os campos, em parceria com as estatais. Além da Statoil, empresa de exploração que tem sócios privados, existe a Petoro, estatal que administra as reservas de propriedade do governo.
Criada em 1971 como empresa 100% estatal, a Statoil abriu capital em 2001, ao mesmo tempo em que expandiu seus negócios para várias partes do mundo, inclusive o Brasil, onde detém a quarta maior área de concessão entre todas as empresas que atuam no ramo petrolífero. O principal campo brasileiro controlado pela StatoilHydro é o Peregrino, no litoral do Rio, que só deve começar a ter extração de petróleo no fim de 2010.
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