Nova Iorque - O setor privado nos Estados Unidos demitiu mais 539 mil pessoas em abril, elevando o nível de desemprego no país de 8,5% para 8,9%, o maior porcentual desde setembro de 1983. Nas revisões dos dados de fevereiro e março, mais 66 mil desempregados entraram para as estatísticas de demitidos. O número de abril foi considerado "bom’’, já que 699 mil haviam perdido seus empregos em março (e 681 mil em fevereiro). Mas, desde o início da atual recessão, em dezembro de 2007, 5,7 milhões de pessoas foram demitidas no país. Embora os números de abril possam ser interpretados como uma diminuição do ritmo de desaceleração da economia, isso se dá somente na comparação com os meses mais recentes. Diante das demissões em meados do ano passado, são ainda extremamente elevados. Desde outubro de 2008, não havia tantas demissões nos EUA como em abril. Entre os demitidos, 149 mil perderam seus empregos no setor industrial, 122 mil na área de serviços e 110 mil nos segmentos ligados à construção. Pesquisa conduzida pela agência de notícias Bloomberg mostra que, na média, economistas nos EUA esperam um aumento no nível de desemprego para 9,5% ao final de 2009. Em Washington, o presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou: "Os resultados negativos de nossa economia parecem estar sendo revertidos. Passo a passo, começamos a ver alguns progressos’’. Embora o nível médio de desemprego tenha ficado em 8,9%, ele alcança 15% entre os negros e 21,5% entre os mais jovens. Entre os homens adultos, a taxa é de 9,4%. O fato reflete uma demanda maior por profissionais mulheres, normalmente voltadas às áreas de saúde e educação, financiadas pelo Estado. Os números, porém, não incluem milhões de pessoas em trabalhos precários ou trabalhando em regime de meio período. Quando as estatísticas agregam essas pessoas que gostariam de ter empregos melhores, mas que não estão no mercado procurando vagas, o nível de desemprego sobe a 15,8%. Há um ano, ele era de 9,2%.

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