A homologação definitiva da venda da Varig para o NV Participações, que representa o TVG, grupo dos funcionários da companhia, vai depender da comprovação das condições do pagamento. A proposta apresentada pelo grupo prevê o pagamento de R$ 500 milhões em debêntures, alternativa não prevista no edital, que só prevê pagamento em dinheiro ou créditos.
O juiz Luiz Roberto Ayoub, responsável pelo processo, havia dado prazo até esta segunda-feira para que os investidores explicassem como pretendiam utilizar as debêntures e comprovar a existência dos recursos. Como eles não conseguiram cumprir a exigência, o juiz estendeu o prazo até quarta para que expliquem como as debêntures poderão ser substituídas.
Uma das hipóteses cogitadas na tarde desta segunda-feira foi a entrada de novos investidores no consórcio para garantir o aporte dos recursos necessários. Na sede da Varig foi realizada uma reunião com representantes da TAP, Air Canada e o fundo americano Brooksfield que, segundo especulações do mercado, poderia ser para amarrar a entrada desses investidores no grupo. Caso a operação não se concretize e os representantes da NV não consigam apresentar as explicações pedidas, o juiz também não descarta a possibilidade de realização de um novo leilão para tentar vender a empresa.
- Não posso ignorar a proposta vencedora. Não há vedação para um novo concurso. (leilão) - afirmou o Ayoub.
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