As sacolas plásticas usadas como embalagens de compra pelo comércio estão no centro das discussões ambientais no Paraná. A dúvida é se as sacolas oxibiodegradáveis, que podem se tornar obrigatórias no estado, realmente resolvem o problema do passivo ambiental gerado pelos supermercados e lojas. Veja quem está a favor ou contra ao novo modelo, e seus argumentos:
A favor
Quem é
Ministério Público do Paraná, Secretaria de Estado do Meio Ambiente e os deputados que têm projetos na área: Rosane Ferreira (PV), Reinhold Stephanes Júnior (PMDB) e Caíto Quintana (PMDB).
Argumentos
as sacolas plásticas são usadas como sacos de lixo e atrapalham a decomposição do material orgânico que envazam;
no modelo oxibiodegradável, as sacolas desapareceriam, deixando de representar acúmulo de lixo e liberando os resíduos orgânicos para se decompor;
as sacolas oxibiodegradáveis também podem ser recicladas, desde que em altas temperaturas;
países da Europa adotam o modelo e há estudos comprovando sua eficácia e segurança.
Contra
Quem é
Indústria Petroquímica e Sindicato da Indústria dos Materiais Plásticos no Paraná (Simpep)
Argumentos
as sacolas oxibiodegradáveis não podem ser consideradas biodegradáveis, porque continuam na natureza em pó, não são destruídas por seres vivos, como bactérias;
existem modelos realmente biodegradáveis, que têm a atuação de microorganismos, mas são bem mais caros (eles não informam quanto);
as sacolas oxibiodegradáveis poluem o meio ambiente e contém metais pesados, prejudiciais à saúde. A qualidade é ruim, elas perdem mais da metade da resistência após dois meses de fabricação;
o modelo não emplacou na Europa. Somente uma rede, na Inglaterra, utiliza o material.
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