Obama sanciona pacote e diz que é o início do fim da crise

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sancionou nesta terça-feira (17), em uma cerimônia na cidade de Denver, no Colorado, o pacote de estímulo econômico de US$ 787 bilhões proposto pela Casa Branca e aprovado pela Câmara e pelo Senado do país.

Obama afirmou, pouco antes de assinar o documento que oficializou o pacote, que o plano de estímulo econômico marca "o princípio do fim" da crise, com a criação de empregos e dará "alívio às famílias" com problemas de acesso ao crédito imobiliário e para o consumo, além de mais estabilidade no emprego.

Na estimativa do governo americano, os US$ 787 bilhões devem contribuir para gerar ou proteger 3,5 milhões de empregos nos EUA, retirando o país da recessão que começou há 16 meses.

Em discurso, o presidente prometeu gastar o dinheiro dos contribuintes "com uma responsabilidade e transparência sem precedentes". Ele também anunciou que os contribuintes poderão acompanhar em um novo site (recovery.gov) como será o uso do dinheiro a ser aplicado no plano.

"Para que nosso plano tenha sucesso, devemos estabilizar, reparar e reformar nosso sistema bancário, reativar o fluxo de crédito para as famílias e os comércios", ressaltou o presidente. "Devemos redigir e fazer respeitar novas regras, para que especuladores inescrupulosos não voltem a minar nunca mais nossa economia."

Ajuda ao mercado imobiliário

Barack Obama usará o giro que está fazendo pelo Oeste americano - que inclui uma parada no Arizona - para anunciar mais uma ação de auxílio à economia na quarta-feira (18). Ele deve assinar a legislação que colocará em prática um plano de ajuda ao setor imobiliário de US$ 50 bilhões.

O objetivo é evitar que mais cidadãos norte-americanos percam suas casas por conta da crise. A crise do crédito imobiliário nos Estados Unidos, que explodiu no verão de 2007, está na origem da crise financeira que se acelerou em setembro passado.

Há uma informação de que 10 mil famílias perderiam suas casas diariamente. O número de execuções de hipotecas recuou 10% em janeiro, em relação a dezembro, mas ainda é superior a 18% ao percentual registrado em janeiro de 2008, informa o escritório especializado RealtyTrac.