O presidente norte-americano, Barack Obama, afirmou nesta quinta-feira que vai promover uma cúpula em dezembro para debater maneiras de enfrentar o desemprego, e repetiu a promessa de lutar pelas exportações do país em sua viagem a Ásia na semana que vem.

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"Temos a obrigação de considerar todos os passos adicionais e responsáveis que podemos dar para encorajar e acelerar a criação de empregos neste país", disse Obama a jornalistas antes de partir para o Japão, a primeira parada de sua viagem pela Ásia.

Com a taxa de desemprego em 10,2 por cento em outubro, a maior em 26 anos e meio, Obama enfrenta pressão para agir. Porém, uma autoridade do governo disse que o presidente não está considerando um segundo pacote de estímulo, além dos 787 bilhões de dólares definidos no início do ano.

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"É importante não tomarmos qualquer decisão pouco ponderada --mesmo que seja com a melhor das intenções--, particularmente num momento em que nossos recursos estão tão limitados", acrescentou Obama.

O fórum de dezembro vai reunir presidentes de companhias, donos de pequenos negócios, acadêmicos, economistas e representantes trabalhistas para discutir como impulsionar o crescimento econômico e criar empregos.

Um assessor sênior da Casa Branca explicou depois das afirmações do presidente que a reunião não seria uma discussão sobre um segundo pacote de estímulo, mas uma continuação de outros esforços para incentivar a economia.

O evento pode refletir o desejo de ser visto fazendo alguma coisa para animar a economia --uma questão crítica para os eleitores antes das eleições para o Congresso dos EUA em 2010--, num momento em que, como disse Obama, milhões de norte-americanos estão "procurando emprego desesperadamente".

O ex-presidente dos EUA Bill Clinton promoveu um evento similar em Little Rock, no Estado de Arkansas, semanas depois de ser eleito para a Presidência em 1992, para demonstrar seu foco na economia.

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Crescendo de novo

A economia dos EUA começou a crescer novamente no terceiro trimestre, mas o desemprego voltou a aumentar. A Casa Branca alertou que as coisas podem ficar um pouco piores antes de melhorarem, porque a geração de empregos tende a vir depois da retomada da atividade econômica.

Porém, o número de pedidos semanais de auxílio-desemprego divulgado mais cedo nesta quinta-feira caiu a um nível mais baixo que o esperado. Além disso, a média quadrissemanal recuou para a leitura mais baixa desde novembro de 2008. Obama classificou o dado como um sinal de esperaça.

Na semana passada, Obama disse que o governo estava analisando opções para incentivar a economia e combater o desemprego, incluindo gastos com estradas e pontes, cortes de impostos para empresas, modificação de prédios para torná-los mais eficientes energeticamente e medidas agressivas para incentivar exportações.

O presidente norte-americano reiterou essa posição nesta quinta-feira, um pouco antes de partir para a viagem que inclui parceiros comerciais cruciais como Japão, Cingapura, China e Coreia do Sul.

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"Nos próximos dias, eu também vou me encontrar com líderes de fora para discutir uma estratégia de crescimento que será equilibrada e amplamente compartilhada", disse.

"É uma estratégia em que os mercados da Ásia e do Pacífico estariam abertos a nossas exportações -- uma estratégia em que a prosperidade no mundo não seja mais tão dependente do consumo e dos empréstimos americanos, mas também de inovação e produtos americanos."