O diretor de Novos Negócios da Suez Energy Brasil, Gil Maranhão Neto, disse que a Energia Sustentável do Brasil (Enersus), concessionária da hidrelétrica Jirau, paralisará as obras iniciais do projeto em dezembro, em função do período de cheia (aumento da vazão de água) do Rio Madeira neste fim de ano. "Teremos que parar agora em dezembro, retomando as obras em fevereiro do ano que vem. A licença para essas obras iniciais demorou um pouco para sair", disse o executivo, adicionando que os trabalhos no local da usina começaram nesta semana.

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Apesar disso, o executivo se mostrou confiante que o consórcio, liderado pela Suez e integrado também pela Camargo Corrêa, Chesf e Eletrosul, consiga cumprir os cronogramas previstos no contrato de concessão e no planejamento da companhia. "A hidrelétrica está prevista para entrar em operação em março de 2012, dez meses antes do estabelecido no contrato de concessão, que é janeiro de 2013. Mas já temos a garantia que anteciparemos ainda mais, para janeiro de 2012. Ou seja, um ano antes", revelou Maranhão Neto.

Esta semana, o Ibama concedeu ao consórcio Enersus a licença de instalação parcial, que permite a realização das obras iniciais, como preparação do canteiro e a construção da ensecadeira. Justamente estas intervenções serão interrompidas com o aumento do nível do Rio Madeira neste final do ano. "O período de cheia do Madeira impede a realização de qualquer tipo de intervenção. Nós estamos correndo o mais rápido possível com as obras iniciais", afirmou o executivo.

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As obras dependem da licença de instalação definitiva, que ainda está em análise pelo órgão ambiental. Segundo o executivo, a discussão sobre a legalidade da mudança do local da usina em nove quilômetros do ponto original está superada. "Isso é parte do passado. Os técnicos do Ibama estão analisando os últimos aspectos para que se sintam confortáveis para conceder a licença de instalação, como diz a legislação", comentou. Para que o cronograma de trabalho seja cumprido, a licença de instalação precisa ser concedida pelo Ibama. "O quanto antes melhor, para nos prepararmos.