A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aumentou a previsão para a inflação brasileira em 2013. De acordo com a nova edição do "Economic Outlook" divulgada na manhã desta quarta-feira, 29, a entidade prevê inflação ao consumidor de 6,2% este ano no Brasil. A previsão anterior era de 5,3%. Para 2014, a entidade manteve a aposta de alta dos preços de 5,2%.
A estimativa da entidade que avalia e compara as principais economias do mundo está mais pessimista que a ouvida no mercado financeiro. De acordo com a pesquisa Focus divulgada na segunda-feira pelo Banco Central, a mediana das estimativas dos analistas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2013 está em 5,81%. Para o próximo ano, ao contrário, a OCDE é mais otimista que o mercado, que prevê alta do IPCA de 5,80%.
"Depois de vários anos dentro da margem de tolerância, a inflação ultrapassou os 6,5% e as expectativas para 2013 e 2014 seguem acima do centro da meta", diz o documento. "O mercado de trabalho apertado, o forte crescimento do crédito, restrições do lado da oferta e choques internacionais e domésticos no preço dos alimentos têm gerado pressão inflacionária", explica o estudo. A OCDE diz também que o esforço do governo em tentar reduzir a pressão sobre os preços ainda vai aparecer nos índices de inflação.
"O aumento atrasado de preços administrativos vai aparecer em breve", diz o documento que observa, porém, que a desaceleração dos preços de alimentos e a subida de juros devem reduzir o ritmo da inflação ao longo dos próximos meses. Sobre o trabalho do Banco Central, a OCDE diz que a instituição "se comprometeu publicamente a trazer as expectativas de inflação de volta à meta". "A confirmação desse compromisso através da ação de política (monetária) solidificaria a confiança no sucesso do sistema de metas de inflação", diz o documento.
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