A frequência e a duração de interrupções de fornecimento de energia elétrica tiveram queda em 2010, na comparação com 2009, conforme levantamento divulgado nesta terça-feira (22) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Segundo a agência, o indicador "Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora" (FEC), que mede o número de vezes em que faltou energia, ficou em 11,35 na média brasileira, contra 11,72 em 2009.
O intervalo de tempo das interrupções no fornecimento, medido pela "Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora" (DEC), também foi reduzido: caiu de 18,77 (equivalente a dezoito horas, quarenta e dois minutos e dois segundos) em 2009 para 18,40 (equivalente a dezoito horas e 24 minutos) em 2010.
O maior número de interrupções foi registrado nos Estados da região Norte, que apresentaram FEC de 49,07 e DEC de 76,80. A Região Centro-Oeste teve o segundo maior FEC, com 15,64 e a duração total de 19,63 (dezenove horas, trinta e sete minutos e oito segundos). A Região Nordeste apresentou FEC de 11,25 e DEC de 20,70 (vinte horas e 42 minutos). O número de interrupções no Sudeste foi o menor, com 6,6 vezes, e duração de 11,43 (11 horas vinte e cinco minutos e oito segundos). No Sul, o FEC foi 10,52 e o DEC, de 14,49 (catorze horas, vinte e nove minutos e quatro segundos).
Em nota divulgada pela Aneel, o diretor-geral da agência, Nelson Hubner, avalia que as empresas devem aprimorar os mecanismos de restabelecimento da energia, buscando alternativas para melhoria da qualidade do atendimento, como adequação das equipes, dos turnos de trabalho e da frota de manutenção, e promovendo ajustes e automação de redes. "Cabe à Aneel intensificar ações de fiscalização e verificar se os sinais regulatórios estão adequados", afirmou, em nota.
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