A Oi afirmou nesta sexta-feira (16) que a fusão com a Portugal Telecom está juridicamente concluída após a operação de aumento de capital com troca de ativos ocorrida no ano passado e defendeu a venda de operações do grupo português, alvo de críticas em Portugal.

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Segundo a Oi, a assembleia de acionistas da Portugal Telecom SGPS no próximo dia 22, sobre venda de ativos portugueses da empresa, é a "melhor oportunidade para assegurar o futuro sustentável da PT Portugal e da Oi".

A companhia brasileira afirmou que a venda dos ativos não vai gerar "nenhum descumprimento nos termos da fusão com Portugal Telecom".

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A manifestação da Oi ocorreu depois que o ex-presidente-executivo da Portugal Telecom Henrique Granadeiro defendeu em carta que a Portugal Telecom SGPS tem direito de denunciar o acordo de fusão com a Oi, diante de mudanças nos termos da operação que reduziram a participação mínima da empresa na Oi.

A Oi afirmou, porém, que as mudanças na união das empresas decorre de "eventos posteriores ao aumento de capital e que levaram a Oi e a PT SGPS a renegociar de forma consensual os termos da fusão".

Crise de confiança

Um escândalo envolvendo empréstimos de cerca de 900 milhões de euros da Portugal Telecom a uma holding da família portuguesa Espírito Santo que entrou em colapso pouco depois causou uma crise de confiança entre os dois grupos e na própria fusão no ano passado.

A crise culminou com a saída de Zeinal Bava, antes tido como uma estrela no setor de telecomunicações, da presidência da Oi pouco mais de um ano após sua chegada para comandar a empresa, e na saída de Granadeiro da presidência da Portugal Telecom.

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"Não há nenhum descumprimento dos termos da fusão, uma vez que a venda (dos ativos portugueses) está condicionada à aprovação dos acionistas da PT SGPS. Se os acionistas aprovam a venda, o consentimento foi dado; se não aprovam, não ocorre a venda. Em ambos os casos, não há descumprimento do que foi acordado", afirmou a Oi.

As ações da Oi exibiam queda de quase 5,53% na Bovespa e as da PT SGPS recuavam mais de 6% na bolsa de Lisboa.