As operações de crédito do sistema financeiro nacional (SFN) chegaram ao final de 2009 com estoque de R$ 1,410 trilhão, equivalentes a 45% do Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas produzidas no país. Em dezembro de 2008, a relação crédito/PIB era de 39,7%.
Os números foram apresentados nesta quinta (21) pelo chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, ao divulgar o Relatório de Política Monetária e Operações de Crédito relativo ao mês de dezembro.
Segundo ele, houve aumento de 1,6% no mês e de 14,9% ao longo do ano, com reflexo mais significativo no crescimento das operações para atender a demanda das pessoas físicas, em um processo de liberação de recursos liderado pelos bancos públicos, cuja participação cresceu de 36,2%, no final de 2008, para os atuais 41,4%.
Do total, R$ 1,352 trilhão foram direcionados para o setor privado, enquanto o setor público tomou emprestado R$ 58,5 bilhões, impulsionado, principalmente, por estados e municípios. Do estoque de crédito, R$ 953,1 bilhões são de operações com recursos livres e R$ 457,2 bilhões com recursos direcionados, especialmente para habitação e agroindústria.
De acordo com Altamir, a evolução dos empréstimos em dezembro foi sustentada, em grande parte, pelo desempenho dos financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com foco na expansão do crédito habitacional. Em sentido contrário, as pessoas físicas tomaram menos empréstimos no mês passado, por causa do décimo terceiro salário.
As operações destinadas indústria cresceram 0,6% em dezembro. O o setor detém R$ 304,6 bilhões do estoque. O crédito tomado pelo setor outros serviços cresceu 3,7% e dispõe de R$ 246,2 bilhões; o comércio expandiu 2,1% em operações contratadas e detém R$ 136 7%; o setor habitacional evoluiu 2,5% e tomou R$ 89 bilhões. Único segmento com declínio, de 0,5%, na tomada de empréstimos no mês foi a agroindústria, cujo estoque de créditos é de R$ 112 4 bilhões.
