O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, deu um mês de prazo para que as empresas de cartão de crédito baixem os juros. Se as taxas para os consumidores não caírem, o Conselho Monetário Nacional (CMN) passará a exigir que as operadoras repassem os recursos para os lojistas num prazo menor do que os atuais 30 dias. Com isso, o preço para o consumidor pode baixar.
“Se os bancos não começarem a baixar os juros, o CMN toma essa decisão em janeiro. A linha é diminuição do prazo de pagamento ou a queda de juros voluntária no sistema. O Conselho Monetário tem um instrumento muito forte aqui, que é o prazo, disse o ministro. “Vamos observar essa queda de juros. Se não houver a queda, vamos mexer no prazo”, acrescentou.
Durante a tradicional entrevista coletiva de fim de ano, o ministro da Fazenda foi questionado sobre uma possibilidade de retaliação das operadoras de cartão de crédito, que teriam ameaçado a aumentar os juros se o governo partisse para a ofensiva. Ele disse que não espera isso.
“Acho pouco provável que o Sistema Financeiro Nacional vai usar qualquer retaliação contra o Conselho Monetário Nacional, a Fazenda ou o Banco Central”.
De acordo com os dados do Banco Central, a média das taxas cobradas pelos bancos aos clientes que caem no rotativo do cartão de crédito está em nada menos que 475,8% ao ano. Nos últimos 12 meses, houve uma alta de 70 pontos porcentuais.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast