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Ouro foi o melhor investimento de novembro

Onça, o equivalente a 31 gramas de ouro, valorizou-se 40% nos últimos dois anos: metal é considerado investimento seguro | Jung  Yeon-Je/AFP
Onça, o equivalente a 31 gramas de ouro, valorizou-se 40% nos últimos dois anos: metal é considerado investimento seguro (Foto: Jung Yeon-Je/AFP)

Depois de 12 meses, o ouro voltou a ser a alternativa mais lucrativa de investimentos no mês de novembro. A rentabilidade do grama da barra de 250 gramas negociada na Bolsa de Mercadorias & Futuros foi de 15,02% no mês de novembro, desbancando os ganhos dos fundos de ações FGTS Vale, de 10,14% no mês até o dia 24, segundo dados da Anbima. Em seguida vêm os investimentos em fundos de ações (9,36%) e fundos FGTS Petrobras (9,11%). O pior investimento do mês foram os fundos cambiais, que perderam 1,07% no período.

Os fundos de renda fixa tiveram ganhos de 0,58% e os fundos DI, 0,54% também até o dia 24 do mês. Já a caderneta de poupança encerrou novembro com ganhos de 0,50%, enquanto a inflação do período, medida pelo IGP-M foi de 0,10%. O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, fechou o mês com alta de 8,93%, enquanto a cotação do dólar caiu 0,17%.

Segundo o gestor da Hera Investment, Mauro Giorgi, o ouro subiu, basicamente, porque o dólar se enfraqueceu diante de outras moedas.

- O dólar alcançou cotações mínimas históricas frente ao euro, ao ien e outras moedas. Quando isso acontece, o investidor corre para investir em commodities. Isso explica a alta do ouro, do minério de ferro e do petróleo, que acabou beneficiando também as ações de Vale e Petrobras - diz.

Para ele, a tendência é de que o dólar continue recuando frente a moedas globais, ainda que o governo esteja preparando um pacote de medidas para contar a apreciação do real. Ele acha que aplicações em ouro não são uma forma de investimento, mas apenas uma ferramenta de proteção.

- O que está acontecendo com o ouro não é uma tendência de investimento, mas um contraponto, um movimento de reação ao dólar fraco - avalia. Para o administrador de investimentos Fabio Colombo, o que acontece com o ouro é um sinal de falta de confiança do investidor. Como o dólar está fraco e os juros estão baixos, o investidor vai em busca de segurança no metal. Quando o assunto é Bolsa, ele alerta para a possibilidade de novos movimentos de venda.

- As bolsas já estão muito altas e temos que ficar atentos nos próximos meses. É possível que 2010 seja um ano de queda. Se houver novos desdobramentos da crise, a situação se agravará mais.

A negociação de ouro na BM&F até o dia 27 já havia movimentado R$ 16,724 milhões, por meio de 192 contratos. Em novembro do ano passado, no auge da crise, a alta do metal foi de 13,33%. Naquele mês, o volume de negociação foi de R$ 10,2 milhões, com 743 contratos. Em setembro, quando o banco de investimentos Lehman Brothers quebrou, o preço havia subido 22,5%.

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