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Crise

País não escapa de fechar ano em recessão

Segundo previsões iniciais, tombo na economia deve ser mais brando se o PMDB chegar ao poder. | Wilson Dias/Agência Brasil
Segundo previsões iniciais, tombo na economia deve ser mais brando se o PMDB chegar ao poder. (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

Com Dilma Rousseff ou Michel Temer na Presidência da República, a economia brasileira vai sofrer. As previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) são de que o Brasil vai ter um novo ano de recessão, independentemente do cenário político que se desenhe a partir deste domingo (17).

Por ora, as previsões iniciais mostram que a queda na economia deve ser mais branda se o PMDB chegar ao poder. A Macroplan, que consolidou projeções de uma dezenas de consultorias e ouviu analistas e especialistas de diferentes correntes, sintetiza a perspectiva atual: “Para a maioria, haverá alívio se Dilma sair e deterioração se ela ficar, mas ninguém tem a ilusão de que a economia vai ser recuperar facilmente”, diz Claudio Porto, presidente da Macroplan.

A vantagem, com Temer, acreditam, é iniciar um processo de retomada da confiança na economia brasileira. “A melhora na confiança será relativamente rápida”, afirma Sergio Vale, economista-chefe de MB Associados.

Expectativa

No conjunto de ações esperadas de Temer estão a aceleração do programa de concessões em infraestrutura e o maior controle dos gastos públicos. “Um lado da história (do ajuste do Temer) é recessivo: é aumento de imposto e corte de gasto”, afirma Alessandra Ribeiro, economista e sócia da Tendências Consultoria Integrada.

No caso de a presidente Dilma Rousseff sobreviver à votação na Câmara dos Deputados, o receio dos analistas é que ela possa fazer uma guinada para a esquerda na política econômica como forma de responder ao apoio dos movimentos sociais durante o processo de impeachment.

O cenário de uma mudança brusca na economia não é um consenso. Uma parte dos economistas acredita que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve surgir como a força principal do governo Dilma e comandar um repactuação com partidos de centro para colocar em prática uma política econômica bastante parecida com a adotada em seu primeiro mandato.

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