As possibilidades de êxito de um eventual pedido de falência por credores da OGX são consideradas remotas por especialistas no tema. A proximidade do vencimento e calote, em 1.º de outubro, de uma dívida de US$ 45 milhões a credores externos, acendeu o alerta no mercado financeiro esta semana. Mesmo que um requerimento do tipo se concretize, entretanto, a petroleira de Eike Batista teria tempo suficiente para entrar com um pedido de recuperação judicial e suspender a falência.
A análise de advogados ouvidos pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, é de que a recuperação judicial é inevitável e iminente. "A OGX tem um passivo extremamente pulverizado. É muito complicado conseguir unanimidade entre os credores para um acordo extrajudicial, em especial os financeiros", diz uma fonte próxima ao grupo. Diante do impasse, a recuperação é a única alternativa para buscar um acerto que contemple todo o universo de credores, sejam eles fornecedores, bancos, investidores ou funcionários.
Um pedido de falência feito por qualquer credor poderia precipitar a recuperação judicial, que a OGX vem tentando postergar ao máximo. "Todas as cartadas possíveis para evitar a recuperação estão sendo dadas", diz outra fonte. A contratação de BTG Pactual, Angra Partners, BlackStone e Lazard fazem parte dessa tentativa de reestruturação da gestão e da dívida da companhia. A avaliação é que os boatos sobre a falência são um instrumento de pressão dos credores.
Em meio aos rumores, Eike Batista continuaria tentando se desfazer de ativos da OGX. Reportagem publicada pela Dow Jones na terça-feira afirma que o empresário pressiona para vender uma fatia de Tubarão Martelo, única aposta da OGX com chance de viabilidade, enquanto tenta levantar capital para tentar salvar suas empresas. Segundo a agência, Eike retomou as negociações com a estatal Petronas, da Malásia, sobre a venda de 40% do campo, mas também sondou outros candidatos a uma fatia na área.
Do ponto de vista do preço, um pedido de recuperação desvaloriza os ativos de uma companhia. Assim, o ideal seria fechar as operações previamente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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