![Para analistas, governo comete erros Agropecuária fez o caminho inverso do trimestre anterior e recuou 3,5% de julho a setembro | Marcelo Andrade / Gazeta do Povo](https://media.gazetadopovo.com.br/2013/12/e9c541988fa9a4289bd23b1bd4355999-gpLarge.jpg)
Para o economista e professor da USP de Ribeirão Preto Luciano Nakabashi, a economia brasileira vive uma situação "estranha" de baixo crescimento e desemprego reduzido e que revela erros de diagnóstico da equipe econômica do governo federal. Segundo ele, Brasília devia ter focado os problemas de produção e oferta da economia como os gargalos logísticos e a melhora da produtividade ao invés de priorizar os estímulos aos vários tipos de demanda. Tal comportamento, na visão de Nakabashi, causou a pressão inflacionária, que agora empurra os juros para cima, e também a demanda por salários maiores que contribuíram para a falta de competitividade que o país apresenta hoje. "Esses problemas se aliam a uma intervenção exagerada do governo na economia, gerando ainda mais incertezas e reduzindo o investimento."
A desaceleração nos investimentos, aliás, é um dos dados que mais preocupam os analistas em relação às perspectivas futuras. "É verdade que a queda dos investimentos segue três trimestres consecutivos de bons resultados, mas, ainda assim, traz uma sinalização negativa para as perspectivas de futuro. As exportações e importações seguem patinando", avalia Thaís Marzola Zara, da Rosenberg & Associados.
Índice do ano passado é revisado, mas deixa Dilma em saia justa
Com a incorporação da nova pesquisa mensal do setor de serviços do IBGE, o PIB de 2012 foi ligeiramente melhor que o 0,9% inicialmente divulgado e cresceu 1%. Todos os trimestres de 2012 e 2013 foram ajustados. Com isso, o crescimento do segundo trimestre registrou uma expansão maior, com alta de 1,8% sobre o primeiro.
A revisão do PIB de 0,9% para 1%, em 2012, pôs Dilma numa saia justa internacional. Na semana passada, em entrevista ao jornal "El País", ela havia "antecipado" que o crescimento do ano passado seria revisado para 1,5% quase o dobro da taxa anterior, batizada de "pibinho" por críticos do governo, mas bem menos que o resultado real divulgado ontem. "Resolveram reavaliar o PIB. E o PIB do ano passado, que era 0,9%, passou para 1,5%. Nós sabíamos que não era 0,9%, que estava subestimado", disse Dilma ao jornal espanhol. A conta errada foi atribuída no Palácio do Planalto à Secretaria de Política Econômica, comandada por Márcio Rolland.
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