Marly Minatti, do Salão Marly: expectativa é de que 30% da receita venha das franquias| Foto: Daniel Derevecki/ Gazeta do Povo

Mercado

Paraná lidera participação na região Sul

A região Sul representa 13,1% do mercado de franquias no Brasil, com destaque para o Paraná, que tem 44% de participação regional, seguido por Santa Catarina (31%) e Rio Grande do Sul (25%).

Em faturamento, a região representa 9,0%, sendo 80,1% no Paraná – algo em torno de R$ 5,1 bilhões –, 12,1% no Rio Grande do Sul e 7,8% em Santa Catarina.

No Paraná está a sede do O Boticário, considerada a maior rede mundial de franquias de cosméticos e perfumaria. Somente a rede de lojas fatura perto de R$ 2 bilhões por ano, com 2.810 pontos de venda no país. A previsão para 2010 é abrir mais 110 lojas fraqueadas. Segundo Artur Grynbaum, presidente da empresa, a estimativa é de uma crescimento de 17% no próximo ano.

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O investimento em uma franquia começa em média em R$ 20 mil, mas pode chegar a R$ 1,5 milhão, conforme o tipo do negócio. Se para as empresas o modelo de franquia é uma forma de crescer rápido sem a necessidade de grandes investimentos, para o franqueado é, muitas vezes, uma forma de ser dono do próprio negócio com uma taxa de risco menor.

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Há 11 anos no mercado, o empresário José Neri Dias considera que o franqueado tem que "saber vender" para dar certo no ramo. Dono de uma franquia da rede de imobiliárias Apolar no bairro Seminário, Dias conta que é preciso atenção constante e planejamento para fazer o negócio funcionar. "Além dessa franquia cheguei a ter uma outra em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, mas a distância atrapalhou e era difícil tocar as duas unidades. Não conseguia estar sempre presente. Então preferi optar por ficar com uma só", diz ele, que também considera como fatores essenciais ter perfil empreendedor e recurso para se manter até o empreendimento começar a dar lucro.Além do capital e da taxa de franquia, é necessário ter capital de giro suficiente para cobrir despesas de três a seis meses. De acordo com o diretor executivo da Associação Brasileira de Franchising (ABF), Ricardo Camargo, a taxa de fracasso das empresas do setor é de 1%. " Nesse caso os problemas são a dificuldade de adaptação ao negócio, a má escolha do ponto comercial e o descontrole financeiro", acrescenta. O número de franquias fechadas é baixo também porque há muitos negócios que "trocam de mãos": franqueados que desistem do empreendimento e o negociam com um terceiro. Camargo também afirma que o perfil do investidor vem se diversificando. De acordo com ele, esse mercado vêm atraindo cada vez mais jovens, de 25 a 27 anos, que acabam de sair da faculdade. "Com as dificuldades para encontrar uma colocação no mercado de trabalho, muitos pais compram uma franquia para seus filhos", finaliza.