O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, nesta segunda-feira (24), de uma reunião ministerial convocada para discutir os impactos da crise financeira mundial.
Depois de um debate ocorrido à tarde, Lula foi o último a falar e disse que o objetivo era que os ministros pudessem ter um panorama mais preciso do país e do mundo, dos possíveis rumos da crise e quais as medidas que devem ser tomadas para combatê-la.
Ao final da reunião, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez um resumo das discussões. Segundo ele, Lula falou muito de suas impressões sobre a reunião do G20 grupo que reúne países desenvolvidos e emergentes ocorrida no último dia 15, em Washington.
Ele relatou que os chefes de Estado concluíram que a crise é grave e requer medidas urgentes. Lula destacou que as medidas para reduzir seus efeitos passam, principalmente, por políticas anticíclicas.
Ele citou o pacote editado pelo governo chinês que injetou US$ 600 bilhões na economia do país, o que equivale a 12% do Produto Interno Bruto (PIB) da China.
Mantega informou, ainda, que o presidente Lula considerou que o Brasil está em melhor condição de enfrentar a crise que outros países emergentes, entre eles a Coréia do Sul e a Rússia.
"O Brasil se preparou melhor. Estamos colhendo os frutos que plantamos. Fizemos reservas e nossas reservas foram até criticadas. Mas preferíamos ser credores em dólar do que ser devedor em dólar", disse o ministro, concordando com Lula.