O diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek, afirmou nesta sexta-feira(22) que o Paraguai ainda não apresentou proposta formal para reajuste da tarifa paga pelo Brasil na compra da energia de Itaipu pertencente ao sócio do País na hidrelétrica.
Segundo Samek, este tema não foi tratado na reunião realizada ontem entre membros da diretoria paraguaia e brasileira. As diretorias paraguaia e brasileira de Itaipu voltam a se reunir no próximo dia 1º de setembro. Segundo ele, o encontro tratou apenas de questões administrativas, como a apresentação de contas da hidrelétrica aos organismos de controle das duas nações, procedimentos para contratação de pessoal pela diretoria paraguaia e para gastos sociais, entre outros pontos.
De acordo com Samek, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidou o seu colega paraguaio, Fernando Lugo, que tomou posse no último dia 15, para trazer, durante uma visita ao Brasil, as suas reivindicações a respeito de Itaipu. Ele informou que a orientação do governo federal à empresa é para que as reivindicações sejam recebidas para que, depois, seja definido o que será adotado.
No entanto, ele foi enfático ao afirmar que o preço que está sendo pago pelo Brasil ao Paraguai é justo. "O preço que é estabelecido em Itaipu, determinado pelo anexo C do tratado, é o preço praticado no Brasil. É um preço justo", defendeu. Segundo ele, a tarifa paga pelo Brasil para comprar a parte do Paraguai na energia de Itaipu é de US$ 45 o Megawatt/hora, e não de US$ 2,81, como alguns veículos da imprensa paraguaia costumam divulgar, segundo ele. Ele explicou que essa confusão se dá porque, deste valor total de US$ 45, está descontada a parcela do Paraguai no pagamento do financiamento do empreendimento, estimado em US$ 60 bilhões.
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