Produção de veículos caiu 23,6% em julho no Paraná.| Foto: Divulgação VW/Divulgação VW

A produção industrial do Paraná caiu 6,3% na passagem de junho para julho, a maior retração do país de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados anualizados mostram que a queda do setor continua se acentuando no estado – houve recuo de 11,5% na comparação com julho de 2015, ritmo mais forte do que os 7,1% de queda acumulados de janeiro a julho.

CARREGANDO :)

O desempenho da indústria paranaense ficou bem abaixo da média nacional. No país, o recuo foi de 1,5% na passagem de junho para julho e de 6,6% no acumulado de janeiro a julho deste ano. Em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado, a queda no país foi de 8,9%.

Apesar de liderar a retração da indústria entre junho e julho, o estado ainda tem um desempenho melhor do que outros cinco estados neste ano. A maior queda na produção no acumulado do ano foi registrada no Amazonas (-15,2%), que sente o efeito da menor demanda por produtos eletrônicos e outros bens duráveis, seguido por Rio Grande do Sul (-9,8%), Ceará (-8,9%), São Paulo (-8,9%) e Bahia (-7,2%). Espírito Santo (14,9%), Pará (6,8%) e Mato Grosso (0,3%) são os únicos estados com alta na produção nessa base de comparação.

Publicidade

Setores

A indústria de minerais não-metálicos foi a que registrou a maior queda no Paraná em julho, na comparação com o mesmo mês de 2014 (-29,6%). Seu desempenho foi pior até mesmo do que a produção de veículos (-23,6%), que continua sentindo os efeitos do menor consumo após a retirada de incentivos ao setor, baixa confiança do consumidor e restrições de crédito para a compra de carros novos. Também houve recuo de dois dígitos na fabricação de móveis (-24,8%), máquinas e aparelhos elétricos (-16,3%), máquinas e equipamentos (-16,1%), produtos de metal (-14,3%) e derivados de petróleo (-10,4%).

A maior alta na produção em julho ocorreu no setor de celulose e papel, com expansão de 7,9% na comparação com o julho de 2014. O setor vem se beneficiando da alta do dólar, que facilita as exportações e reduz a penetração de produtos importados. Também cresceu a produção de produtos químicos (4%).

Nos primeiros sete meses do ano, a maior retração acumulada continua sendo a do setor de veículos (-28,6%, seguido da indústria de minerais não-metálicos (-19,5%). O segmento de papel e celulose acumula alta de 9,2%, seguido dos produtos químicos (3,3%) e bebidas (3,1%).