A produção industrial no Paraná caiu 14% em junho deste ano, comparado a junho do ano passado, informou nesta quarta-feira (6) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado, nessa comparação, é o segundo pior entre os 14 locais pesquisados pelo instituto, atrás apenas do Amazonas, que teve retração de 16,1%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física, cuja variação média para o Brasil fechou em queda de 6,9%.
No Paraná, o confronto entre junho de 2014 e junho de 2013 mostra que 17 setores, de um total de 20, registraram queda na produção. Os piores resultados foram constatados na fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-48,2%), máquinas e equipamentos (-25,6%), móveis (-20%) e produtos de borracha e material plástico (-19,4%). Tiveram alta nesse recorte os produtos de minerais não-metálicos (18,5%), fabricação de derivados de petróleo (0,9%) e outros produtos químicos (0,5%).
No primeiro semestre de 2014, o Paraná acumula queda de 4,3% na produção industrial o que coloca o estado na terceira pior colocação entre os locais pesquisados. Os piores resultados da indústria paranaense nesse recorte foram constatados em veículos automotores, reboques e carrocerias (-15,7%), máquinas e equipamentos (-9,5%), móveis (-9,2%) e máquinas e aparelhos e materiais elétricos. Os destaques positivos são produtos de minerais não-metálicos (12,9%), produtos de madeira (5%) e fabricação de bebidas (4%).
Nos últimos 12 meses, a indústria do Paraná acumula alta de 0,3%, o sexto pior resultado entre os locais pesquisados. Mais uma vez veículos automotores, reboques e carrocerias (-5%) tiveram o pior resultado, seguidos por móveis (-4,6%) e máquinas e aparelhos e materiais elétricos (-2,2%). Os destaques dos últimos 12 meses na produção industrial paranaense são produtos de madeira (12,6%), produtos de minerais não-metálicos (12,6%) e máquinas e equipamentos (7,5%).
Metodologia
A Pesquisa Industrial de Produção Física é realizada mensalmente pelo IBGE e abrange 14 locais que compõem a média nacional: Amazonas, Pará, Região Nordeste, Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Goiás.
CNI culpa Copa por baixo desempenho industrial
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nesta terça-feira (5) que a culpa pelo fraco desempenho da indústria teve relação com a Copa. A entidade afirmou que o setor voltou, em junho, a patamares que formavam a realidade industrial brasileira de 2009. Neste ano, a utilização da capacidade instalada chegou a 80,1%, porque o país lutava para enfrentar a crise internacional.