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Dilma diz que estuda com Anfavea elevação da mistura de etanol na gasolina

A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira que o governo federal estuda em conjunto com a Anfavea, associação das montadoras de automóveis, a elevação do percentual de etanol anidro na gasolina dos atuais 25% para 27,5%.

Em entrevista coletiva após apresentação para o setor do agronegócio na Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Dilma também disse que pode considerar outros benefícios tributários para o setor de etanol.

Câmara aprova aumento de mistura de etanol e biodiesel em combustíveis

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (6) a medida provisória que determina o aumento dos percentuais de biodiesel misturado ao óleo diesel e do etanol à gasolina vendidos nos postos de combustíveis do país. O texto será analisado agora pelo Senado. A proposta eleva para 27,5% o percentual de álcool anidro que será adicionado à gasolina, desde que exista viabilidade técnica para isso. Atualmente, o governo pode elevar o percentual de mistura até 25% ou pode reduzi-lo até 18%, o que é mantido na medida.

De acordo com a proposta, o percentual obrigatório de mistura do biodiesel ao óleo diesel passou para 6% desde o início de julho e passará para 7% a partir de 1º de novembro de 2014. Até o final de maio, quando a MP foi editada pelo governo, o percentual era de 5%.

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A indústria de veículos do Brasil teve em julho seu pior resultado de produção e vendas para o mês desde 2007, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (6) pela associação que representa o setor, Anfavea. A produção das montadoras no mês passado somou 252,6 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, queda de 20,5% sobre julho de 2013. Ante o mês anterior, houve alta de 17%. No acumulado do ano, a indústria produziu 17,4% a menos, ou 1,82 milhão de unidades.

A queda tem sido causada por fraquezas no mercado interno, atingido por reticência dos bancos na concessão de crédito, e das exportações, que em julho caíram 36,7% sobre um ano antes, para 34,2 mil veículos, segundo a entidade.

O cenário tem feito uma série de montadoras a ajustar produção por meio de concessão de férias, suspensão de contratos de trabalho e redução de jornadas em fábricas e obrigou o governo federal a adiar para o fim do ano aumento de carga tributária que deveria ter ocorrido no final de junho.

Segundo a Anfavea, o nível de emprego nas montadoras fechou julho em 150.295 postos ocupados, queda de 4,2% sobre um ano antes. Por segmento, a produção de carros e comerciais leves caiu 19,9 por cento em julho em relação ao mesmo período do ano passado. Já o volume produzido de caminhões recuou 30,5%, enquanto ônibus tiveram queda de 22,9%.

Vendas

As vendas de veículos novos no mercado interno no mês passado subiram 11,8% na comparação com junho, diante de um período maior de comercialização, mas tombaram 13,9% sobre julho de 2013, para 294,8 mil unidades, segundo a Anfavea. No acumulado do ano, o setor acumula vendas de 1,96 milhão de veículos, queda anual de 8,6%.

Em julho, a Anfavea reduziu suas projeções de desempenho da indústria este ano, prevendo queda de 10% na produção e recuo de 5,4% nas vendas no mercado interno. A projeção para as exportações é de queda de 29%. Na ocasião, os estoques de veículos novos à espera de comprador eram de cerca de 400 mil unidades, suficiente para mais de 40 dias de vendas.

Com produção caindo mais do que as vendas, o estoque de veículos nas fábricas e nas concessionárias caiu de 395,5 mil para 382,6 mil unidades de junho para julho.

Por segmento, a produção de carros e comerciais leves caiu 19,9% em julho em relação ao mesmo período do ano passado. Já o volume produzido de caminhões recuou 30,5%, enquanto ônibus tiveram queda de 22,9%.

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