Depois de ser pioneiro no mercado brasileiro de frozen iogurte ao lançar a Yoguland, marca que chegou a ter 50 franquias no Brasil e no exterior, o paranaense Rafael Soares decidiu inovar em um ramo bem conhecido: pizzaria. A Oven, criada em agosto de 2014, trabalha com o conceito de pizza individual, artesanal e customizada, em que o cliente consegue montar o produto a seu gosto.
Há pouco mais de um ano em funcionamento, o negócio tem quatro lojas próprias em shopping centers de Curitiba. O modelo vem dando certo por aqui e os planos do empreendedor é transformar a empresa em uma rede nacional através do sistema de franquias.
Para que isso aconteça, o primeiro passo é conquistar São Paulo. Nos planos de expansão da marca, está prevista a inauguração de três a quatro lojas próprias em shoppings da capital paulista em 2016.
“Queremos fincar bandeira como uma marca inovadora nacionalmente e expandir por São Paulo é um caminho muito mais fácil. Se você abre uma unidade em um shopping de São Paulo, os outros correm atrás de você”, explica Rafael Soares.
O segundo e último passo para transformar a rede paranaense em marca nacional é aderir ao franchising. A empresa foi desde o início pensada nesse modelo, já que é a maneira mais rápida de ganhar escala.
Soares conta que falta definir questões como logística, fornecedores e treinamento. A ideia é que todas as unidades trabalhem com o mesmo fornecedor para garantir a qualidade do produto. “Queremos fechar 2016 com quatro a oito franquias.”
Nos últimos meses, a Oven viu o fluxo de clientes crescer de 30% a 40% nas lojas que possui em Curitiba. São 13 funcionários tocando os negócios que produzem, em média, nove mil pizzas cada para pessoas que buscam alimentação rápida e com qualidade.
Para criar o negócio, Soares olhou para o perfil do consumidor brasileiro. Percebeu que aumentou a procura por produtos customizados, desde roupas até alimentação. Ele criou, então, o modelo de pizza fresca, montada com produtos selecionados pelos clientes e aquecida rapidamente um forno de altíssima temperatura.
“Queria empreender na área de alimentação, com um produto milenar e que tivesse sazonalidade”, diz Soares que investiu R$ 4 milhões até o momento.
Da primeira experiência, que encerrou as operações em 2013, o paranaense acumula o conhecimento da área de franquias e do ramo da alimentação. “É muito difícil criar uma cultura. Quando você pega algo muito inovador, corre o risco de aquilo ter um período de ‘boom’ e cair em desuso. A partir de agora só vou investir em culturas consolidadas.”