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Paranaguá tem 10 navios parados por causa de greve

Porto de Paranaguá | Felipe Rosa / Gazeta do Povo
Porto de Paranaguá (Foto: Felipe Rosa / Gazeta do Povo)

As operações portuárias no Porto de Paranaguá e Antonina podem se complicar ainda mais caso seja mantida a greve dos auditores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que teve início na última segunda-feira (16) e não tem data para acabar.

Por esse motivo, um grupo de 10 navios de contêineres está estacionado ao largo do porto. Com a greve, não estão sendo emitidos certificados de livre prática, que permite a entrada e saída de pessoas das embarcações, abastecimento e todas as atividades portuárias.

Segundo a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), quatro navios permanecem estacionados - um deles desistiu da espera e rumou para outro porto - e outros seis chegarão neste final de semana. "Há uma janela para eles atracarem, geralmente os agentes pegam os certificados pela manhã e atracam à tarde, mas com a paralisação eles estão apenas esperando e, em alguns casos, precisam cumprir suas programações em outros locais", informa.

As únicas operações que estão sendo feitas, ainda conforme a Appaa, são as que envolvem navios com graneis, fertilizantes, que conseguiram suas licenças antes da greve. Já os contêineres, por serem de materiais gerais, desde peças de automóveis até equipamentos, permanecerão parados. "Há dois berços de atracação vazios", informa.

O Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado do Paraná (Sindapar) entrou com um mandado de segurança contra a agência para que fossem concedidos os certificados. Na opinião do presidente Argyris Economou, a Anvisa deve manter no mínimo a permanência de 30% dos trabalhadores em atividade. "A lei indica que mesmo em greve, a Anvisa mantenha 30% de seu efetivo trabalhando e principalmente executando os serviços essenciais. Mas a emissão desses certificados, que são essenciais, não está acontecendo", afirma Economou.

A justiça deu prazo de 72 horas para a Avisa resolver a situação. O prazo terminaria nesta sexta-feira (20) e independentemente da decisão dos grevistas, o quadro começaria a ser normalizado somente a partir da próxima segunda-feira.

Os grevistas pedem a equiparação salarial entre as áreas de gestão e finalística, a criação de uma carreira única para a Regulação Federal, subsídio como forma de remuneração, isonomia remuneratória entre quadros de pessoal, correção das tabelas remuneratórias em comparação com outras carreiras exclusivas de Estado e compensação da perda salarial decorrente da inflação.

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