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O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), detalhou a proposta de reajuste da tabela do Imposto de Renda apresentada pela cúpula do partido ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy. O arranjo tem sido costurado entre os parlamentares e a equipe econômica para tentar evitar a derrubada de um veto de Dilma que barrou uma correção linear de 6,5% considerada inviável pelo Palácio do Planalto em um ano de forte ajuste fiscal.

Correção escalonada da tabela do IR trará ganho irrisório aos contribuintes

O aumento do reajuste da tabela do Imposto de Renda eleva a faixa de isenção e as de tributação. Com isso, a União arrecadaria menos com o imposto de renda

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De acordo com Eunício, a faixa de isenção (aplicada hoje a quem ganha até R$ 1.787,77) seria reajustada em 6,5%. O mesmo índice valeria para quem recolhe 7,5% de imposto de renda - aqueles que hoje têm remuneração de até R$ 2.679,29. As três faixas salariais seguintes seriam corrigidas em 5,5%, 5% e 4,5%, respectivamente.

Levy, que foi ao Congresso nesta terça-feira (10), para negociar um acordo com os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deve dar uma resposta da Fazenda ainda hoje. “A área econômica não aceitou ainda. Eles estão fazendo as contas”, disse o líder peemedebista.

Apesar disso, Levy sinalizou que a fórmula de escalonar as mudanças na tabela deve ser adotada, embora ainda possa tentar emplacar porcentuais menores. O ministro declarou ao deixar o gabinete de Renan que as partes encontraram “um encaminhamento” para o assunto.

Nos dois encontros ocorridos no Congresso hoje, os peemedebistas disseram a Levy que, para evitar a derrubada do veto, o governo precisa enviar uma Medida Provisória propondo as alterações ainda hoje – e com eficácia imediata. “(Ela) tem que ser encaminhada hoje e publicada amanhã para que a gente tenha argumento (nas conversas com os demais partidos da base).”

Encaminhamentos

Ainda segundo Eunício, na sessão do Congresso amanhã que analisará o veto de Dilma também deve ser votado o Orçamento da União para 2015. O senador também afirmou que, a pedido do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, ele indicará os membros do partido para as comissões das duas Medidas Provisórias que endureceram o acesso a benefícios trabalhistas, para agilizar a tramitação.

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