O primeiro-ministro grego, George Papandreou, falou ao Parlamento antes da aprovação do voto de confiança| Foto: Yiorgos Karahalis/Reuters

Coalizão desmorona e deixa governo da Itália por um fio

O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, recusou-se a renunciar nesta sexta-feira (4), apesar da rebelião partidária que deixou sua coalizão por um fio em meio a uma crescente crise econômica.

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O Parlamento grego deu, nesta sexta-feira (4), um voto de confiança ao primeiro-ministro, George Papandreou, em uma decisão crucial para a ratificação do acordo europeu de auxílio à Grécia. O voto de apoio a ele teve um placar acirrado, recebendo 153 votos a favor e 145 contra.

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A votação foi solicitada na segunda-feira passada, por Papandreou, após anunciar um projeto de referendo sobre o plano de ajuda europeu, abandonado três dias depois, em meio ao pânico dos mercados.

A decisão do Parlamento grego foi a segunda boa notícia desta sexta-feira para a zona do euro, após o ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos, confirmar que a Grécia abandonou definitivamente seu projeto de convocar um referendo sobre o pacote de ajuda ao país.

Os parceiros da Europa viam no referendo uma ameaça à permanência da Grécia na zona do euro e à estabilidade da moeda comum.

Papandreou quer formar governo de coalizão

Papandreou, pediu, na noite desta sexta-feira (4), antes de receber o voto de confiança dos parlamentares, o apoio dos deputados para que seja constituída uma coalizão governamental "mais ampla" para garantir que se implemente o acordo europeu para ajudar a Grécia.

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"É preciso um apoio mais amplo e honesto", declarou Papandreou, estimando que o acordo europeu é "determinante para o futuro do país".

Papandreou vai se reunir com o presidente Karolos Papoulias neste sábado a partir das 8 horas (de Brasília), na tentativa de iniciar conversações para a formação de um governo de união nacional. Segundo um comunicado divulgado pelo gabinete de Papandreou, o primeiro-ministro deverá pedir que Papoulias convide todos os partidos gregos para as conversações.

Líder da oposição pede eleições imediatas

O líder do partido grego de oposição Nova Democracia, Antonis Samaras, pediu eleições imediatas na Grécia, dizendo que o primeiro-ministro, George Papandreou, rejeitou a proposta dele por um governo de coalizão.

"As máscaras caíram, o Pasok rejeitou plenamente as propostas da Nova Democracia. A única solução são eleições imediatas." A declaração foi dada antes da decisão do Parlamento da Grécia de conceder um voto de confiança a Papandreou.

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Autoridades do partido Socialista disseram que Papandreou estuda propor ao ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, que lidere um governo de coalizão - uma medida que Samaras rejeita fortemente.

Os dois partidos mantiveram discussões sobre um governo de coalização nos últimos dois dias. Papandreou disse que ele vai começar negociações com todos os partidos de oposição neste sábado sobre a formação de um governo de coalizão. As informações são da Dow Jones.