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A perfuração de um poço exploratório pela Chevron provocou o vazamento de petróleo na área de Frade, na Bacia de Campos, afirmou à Reuters o diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Florival Carvalho. Com base nisso, o órgão regulador concluiu que a melhor alternativa para o problema é o abandono dos trabalhos no poço por parte da Chevron. O local deverá ser cimentado, disse Carvalho. A ANP e a empresa avaliam a melhor forma de executar a cimentação do poço, que apesar de ser próximo não tem ligação com a estrutura de produção de petróleo da Chevron já em atividade em Frade, que registrou no ano passado média de produção de 50 mil barris diários de petróleo. Procurada, a Chevron não comentou imediatamente a informação sobre o abandono no poço exploratório. Em relação à causa da fissura, a empresa disse que as investigações continuam. A companhia já havia paralisado temporariamente os trabalhos no local, para investigar o problema. "O que foi detectado é que com a perfuração houve aumento de pressão em algum ponto e houve essa fissura na rocha que fez com que o óleo vazasse", disse o diretor da ANP. O vazamento de óleo continua, segundo ele, e um volume estimado em 700 barris de óleo forma uma mancha localizada a cerca de 200 quilômetros da costa do Rio de Janeiro. "A agência já autorizou a empresa a fazer o abandono do poço. Isso (cimentação) já está definido, estamos vendo qual a melhor forma de fazer", afirmou.

O órgão regulador informou que divulgará nesta tarde uma nota oficial sobre as conclusões da agência. "O que manda a resolução é a solicitação, por parte da empresa, do abandono do poço e nós analisamos e autorizamos que nessas condições a melhor saída mesmo é fazer o abandono", disse. A Chevron já havia informado sobre a fissura nos últimos dias. "Exsudações de óleo que foram descobertas nas proximidades das operações de perfuração do Campo Frade são a fonte da mancha de óleo na superfície. As investigações sobre as causas dessas exsudações e da mancha continuam", informou a empresa em sua última nota sobre o incidente, no domingo. Exsudação é a migração da substância, no caso o óleo, de um local para outro. No comunicado, a Chevron descarta que a atividade de produção de petróleo no campo esteja associada ao vazamento. Mas não menciona o mesmo para a atividade exploratória. "De acordo com inspeções feitas nas instalações do campo, as atividades de produção não estão relacionados com as exsudações e a mancha, e a produção do campo foi mantida".

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