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A Petrobras planeja investir US$ 174,4 bilhões ao longo dos próximos cinco anos. O anúncio foi feito na noite desta sexta-feira (23) pelo presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, durante a apresentação do plano estratégico da empresa para o período entre 2009 e 2013. O valor é superior ao do plano anterior da empresa, estimado em US$ 112,2 bilhões.

Segundo ele, em 2009, o objetivo é investir US$ 28,6 bilhões, levando em conta um preço médio de US$ 37 para o barril de petróleo do tipo Brent ao longo do ano. Para conseguir alcançar esse total, a empresa precisaria captar US$ 18,1 bilhões. Desse total, a empresa já teria garantido US$ 16,9 bilhões, advindos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de um "conjunto de bancos nacionais e internacionais".

Meta de produção

De acordo com Gabrielli, a meta da Petrobras é aumentar a produção média diária da empresa de cerca de 2,4 milhões de barris por dia (bpd) para 3,3 milhões de bpd até 2013. Para 2020, a idéia é chegar até 5,1 milhões de bpd.

No entanto, segundo o presidente da Petrobras, a empresa espera conseguir reduzir o valor que precisa ser investido para conseguir realizar a carteira de projetos prevista no plano estratégico. "Nós queremos reduzir os investimentos. Realizar todos os projetos com custo menor", afirmou.

De acordo com o plano, o foco dos investimentos será feito na área de exploração e produção, com aumento de 71% sobre o valor investido anteriormente no segmento, com destaque para os projetos na área do pré-sal.

Reunião no Planalto

Mais cedo, o plano da Petrobras havia sido apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em reunião no Palácio do Planalto. Além do presidente, participaram da reunião preliminar os ministros da Casa Civil, Dilma Rousseff, da Fazenda, Guido Mantega, e de Minas e Energia, Edison Lobão.

Segundo interlocutores do Palácio do Planalto, o presidente informou à diretoria da Petrobras que parte dos R$ 100 bilhões aportados pelo Tesouro Nacional no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estará disponível para os investimentos da estatal.

Projeções

Analistas de mercado já esperavam a ampliação dos investimentos, já que o novo plano inclui os gastos com a exploração nos campos do pré-sal.

Em um cenário hipotético elaborado pelo banco suíço Credit Suisse para a empresa gastar os US$ 22,8 bilhões previstos anualmente em seu plano anterior (2008-2012), ela deveria operar com petróleo em US$ 60 o barril.

Ao custo em torno de US$ 40 o barril, a estatal teria que captar aproximadamente mais US$ 8,5 bilhões para viabilizar os projetos que já estavam previstos para 2009, sem considerar os novos.

Considerando que a companhia fechou 2008 com captações em torno desta mesma cifra, sendo parte dela dentro da turbulência financeira do último trimestre, boa parte de especialistas do setor não via problemas nesta captação.

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