A queda de cerca de 4% das ações da Petrobras levou junto a Bovespa nesta quarta-feira (6), que fechou em baixa após quatro pregões seguidos de ganhos, com o principal índice abaixo de 71 mil pontos e mostrando desempenho pior que Wall Street.
O Ibovespa recuou 1,04%, para 70.541 pontos - o índice não fechava em queda desde 24 de setembro. Ao longo do pregão, foram negociados R$ 8,75 bilhões. As ações da ordinárias da Petrobras fecharam em baixa de 3,98%; já as preferenciais tiveram queda de 4,15%.
"Foi a ação da Petrobras", disse Rafael Dornaus, operador de renda variável da corretora Hencorp Commcor. "Ela ficou muito feia hoje, chegou a cair 5%. Essa semana acabou o período de silêncio (após a capitalização realizada no mês passado) e agora as primeiras impressões de analistas são ruins", acrescentou, em referência a dois relatórios divulgados sobre a estatal --um do Itaú, e outro do Barclays.
O banco estrangeiro reduziu o preço-alvo dos recibos de ações preferenciais da empresa a US$ 35 e comentou que há possibilidade de que uma nova oferta de ações seja necessária entre 2012 e 2013, caso o preço do petróleo não supere, em média, US$ 80 por barril.
Na véspera, a Itaú Corretora diminuiu em 29% o preço-alvo das ações PN da Petrobras, para R$ 38,20, refletindo entre outros motivos a diluição imposta pela oferta de ações e o preço da cessão onerosa.
Monica Araújo, analista da corretora Ativa, também comentou que a ausência a partir de agora do banco "estabilizador" da oferta de ações da estatal tirou a sustentação do papel.
Entre os ativos de maior peso sobre o Ibovespa, Vale PN subiu 0,21%, a R$ 47,44; Itaú Unibanco PN teve baixa de 0,88%, a R$ 41,50; BM&FBovespa ON teve desvalorização de 2,05%, a R$ 14,30; e OGX Petróleo ON subiu 1,90%, a R$ 23,03
No mercado americano, o índice Dow Jones subiu 0,21%, aos 10.967,65 pontos, o Nasdaq registrou desvalorização de 0,80%, aos 2.380,66 pontos, e o S&P 500 caiu 0,07%, para 1.159,97 pontos.