A diretoria executiva da Petrobras vai apresentar ao Conselho de Administração, em reunião nesta quinta-feira (26), o andamento dos trabalhos e os métodos usados para fechamento dos resultados financeiros auditados, disse uma fonte próxima do assunto.
A pauta da reunião não prevê a aprovação de números e sim uma apresentação sobre as metodologias que serão utilizadas para a elaboração dos documentos finais, acrescentou a fonte, que preferiu não ser identificada.
Dessa forma, a fonte avalia que é “pouco provável” que os balanços auditados do terceiro e quarto trimestres sejam aprovados no encontro.
A agência Estadão Conteúdo publicou que a Petrobras corre contra o tempo para aprovar o balanço na reunião de quinta-feira. Citando fontes, a reportagem disse ainda que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Securities and Exchange Comission (SEC) aprovaram o método que será utilizado no cálculo do tamanho das perdas com corrupção para o fechamento do balanço.
A opção teria sido por recorrer aos valores “oficiais” denunciados na Operação Lava Jato para incluir no balanço. O número deve ser muito menor do que os R$ 61 bilhões sugeridos inicialmente por consultorias independentes contratadas pela estatal.
Mas uma segunda fonte a par do assunto consultada pela Reuters negou que tenha havido qualquer sinalização do regulador no Brasil para a metodologia. Mais que isso, a CVM já ordenou que a Petrobras se manifeste sobre a matéria, o que pode acontecer ainda nesta quarta-feira (25).
Procurada, a assessoria de imprensa da Petrobras afirmou não ter informação sobre o assunto. Por volta das 16h34, as ações preferenciais da Petrobras subiam quase 5%, enquanto o Ibovespa subia 0,75%.
Corrida contra o tempo
A Petrobras tem até o fim de abril para publicar seu balanço anual auditado, de acordo com as regras da SEC dos EUA. Após essa data, disse a Petrobras anteriormente, a empresa ainda terá de 30 dias a 60 dias, dependendo de contratos de dívidas, para cumprir essa obrigação.
Ou seja, o balanço anual auditado deve ser emitido até o final de maio de 2015, segundo a empresa. Caso contrário, credores poderão pedir a antecipação do vencimento da dívida.
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