A Petrobras informou na tarde desta quarta-feira (11) que não era petróleo o líquido que vazou no domingo (8) no megacampo do Roncador, operado pela empresa brasileira e localizado na Bacia de Campos. Segundo as análises da empresa, o material é, na verdade, um fluido utilizado na perfuração de poços.
De acordo com a companhia, a análise das amostras recolhidas provaram que o produto não era proveniente de qualquer reservatório de petróleo do Campo de Roncador ou semelhante a qualquer outro tipo de petróleo produzido na Bacia de Campos.
O óleo coletado tem características semelhantes a um tipo de fluido usado na operação de perfuração de poços, que tem como produto básico a N-parafina. Esse fluido é mais conhecido como "lama de perfuração", utilizada para lubrificar a broca e trazer para a superfície os cascalhos das rochas resultantes da perfuração. É com esse material que a plataforma faz a primeira análise para verificar a existência de petróleo.
A Petrobras ainda não descobriu a origem das gotículas de fluido. A companhia esclareceu que não está perfurando qualquer poço na região, e o Campo de Frade, que fica a 500 metros de Roncador, teve sua produção interrompida após dois vazamentos ocorridos em novembro do ano passado e em março deste ano.
Como Frade e Roncador são campos vizinhos, o vazamento foi identificado pela Chevron a partir de inspeções submarinas com robôs ROVs (Remotely Operated Vehicles). A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) tomou conhecimento dele na noite de domingo. Esse já é o sétimo derramamento de óleo da Petrobras no ano. O Campo de Roncador é um dos maiores produtores de petróleo do país, pertence totalmente à Petrobras e fica a 120 quilômetros da costa do Rio.
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