A diretoria da Petrobras aprovou negociações exclusivas com a mexicana Alpek para a venda da PetroquímicaSuape (Companhia Petroquímica de Pernambuco) e da Citepe (Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco), empresas que formam um polo petroquímico inaugurado no início da década no porto pernambucano.
A Alpek terá 60 dias de exclusividade, renovados por mais 30, para que as duas empresas tentem chegar a um valor para o negócio. As conversas fazem parte do plano de desinvestimento da estatal, que tem como objetivo levantar recursos para reduzir o seu endividamento.
As duas unidades em Pernambuco foram desenvolvidas durante a gestão de Paulo Roberto Costa, delator da Operação Lava Jato, na diretoria de Abastecimento da estatal.
A Petrobras detém 100% das duas empresas. Em 2015, a PetroquímicaSuape deu prejuízo de R$ 808 milhões, e a Citepe, de R$ 818 milhões.
Em seus dois balanços mais recentes, a estatal realizou baixas contábeis no valor dos ativos do complexo pernambucano, em um valor total de R$ 3,76 bilhões. A companhia diz que as baixas refletem, principalmente, a “revisão das projeções de mercado e das premissas de preço, que foram atualizadas em razão do nível de atividade econômica”.
No balanço de 2015, a Petrobras diz que o valor recuperável do ativo é de R$ 3,681 bilhões.
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