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A área de Tupi – maior reserva de petróleo descoberta nos últimos 30 anos no mundo, com algo entre 4 e 8 bilhões de barris – vai marcar uma nova era não somente na exploração e produção de petróleo no Brasil, mas também uma nova fase de contratações da Petrobras, que irá visar o desenvolvimento da indústria nacional. Já está em curso junto aos fornecedores da companhia um processo de encomendas de novos equipamentos em grande escala, que privilegia a apresentação de um cronograma gradativo para aumentar o conteúdo nacional nos projetos e nas peças ao longo dos próximos cinco anos.

"Não vamos abrir mão de preços", afirma o diretor financeiro da companhia, Almir Barbassa, que passou as últimas duas semanas junto ao diretor da área de serviços, Renato Duque, rodando os principais estaleiros e fornecedores mundiais de equipamentos, para convencê-los de que agora o Brasil tem uma escala de encomendas a oferecer e isso justifica a instalação de fábricas locais. A ideia é aproveitar as descobertas do pré-sal – que transformarão o país em exportador de petróleo e que podem levá-lo a membro da Opep – como alavanca do desenvolvimento industrial. A expectativa da estatal é fazer com que entre 75% e 80% das peças encomendadas sejam nacionais. Atualmente, o índice médio de nacionalização com que a Petrobras trabalha é de 64%.

Localizada no bloco

BM-S-11, a área de Tupi – que a Petrobras opera em parceria com a BG e a Galp – é a primeira de uma série que se espera seja explorada na Bacia de Santos, com elevado potencial.

Na área de exploração e produção da Petrobras, os números ainda são imensuráveis. Está em curso, por exemplo, a contratação de 300 árvores de natal (nome dado ao conjunto de válvulas que regula a produção nos poços de petróleo) de uma só vez. A encomenda será dividida entre três construtores e deve multiplicar a capacidade de construção deste equipamento no Brasil em quatro vezes, fazendo com que as empresas invistam na modernização e ampliação de suas unidades no país.

"A sede de nossa empresa já olha o Brasil como uma das maiores prioridades dentro do grupo para os próximos anos. Hoje o país representa 10% dos negócios mundiais, mas pode chegar a 40%.

Isso é por conta do pré-sal", comenta o representante de uma empresa que está concorrendo nesta licitação e falou sob a condição de não ter seu nome revelado.

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