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Quando concedido, será o primeiro reajuste concedido desde 29 de novembro de 2013 | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo.
Quando concedido, será o primeiro reajuste concedido desde 29 de novembro de 2013| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo.

A Petrobras recebeu, nesta terça-feira (4), o aval do ministro da Fazenda Guido Mantega, presidente do conselho de administração da empresa, para reajustar os combustíveis, informou uma pessoa próxima à alta administração da empresa.

Em reunião com os conselheiros, ao longo do dia, Mantega pediu à empresa, no entanto, que o valor não fosse divulgado nesta terça.

A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, fez uma apresentação aos conselheiros, em reunião em Brasília, em que mostrava projeções com o porcentual de 8% de reajuste.

Este porcentual dificilmente será empregado, e o esperado é que o reajuste seja de 5%. O número não foi fechado na reunião. A decisão final ficará na mão da diretoria.

Quando concedido, será o primeiro reajuste concedido desde 29 de novembro de 2013.

Silêncio

A presidente da Petrobras, Graça Foster, evitou anunciar se o conselho de administração da empresa aprovou o reajuste no preços dos combustíveis na reunião realizada desta terça, que durou cerca de 9 horas.

A presidente, no entanto, não negou que possa ter havido aprovação do reajuste. "Reajuste de combustível não se anuncia, pratica-se", afirmou a executiva ao deixar o prédio.

Aumento negociado

Pelo estatuto da Petrobras, a decisão pelo reajuste dos combustíveis é da diretoria executiva da empresa, liderada pela presidente Maria das Graças Foster.

Na prática, porém, o aumento é negociado junto ao governo, uma vez que a concessão do aumenta traz impactos inflacionários e depois a proposta é apresentada aos conselheiros.

A União controla a Petrobras e, nessa condição, nomeia sete dos dez conselheiros.

Como depende do aval do governo, a Petrobras não reajusta imediatamente os combustíveis conforme as oscilações do mercado internacional.

Nos últimos quatro anos, as perdas para a Petrobras com a política de não reajuste imediato dos combustíveis é calculada em R$ 60 bilhões, segundo a corretora Gradual.

Preços

Neste ano, os combustíveis permaneceram a maior parte do tempo com preço abaixo da cotação internacional, chegando, em alguns casos, a uma defasagem de 20%.

Com a queda no preço mundial do petróleo, da faixa de US$ 100 para US$ 85 o barril, no último mês, a perda diária da Petrobras praticamente deixou de existir.

Até a semana passada, último dado disponível, a gasolina estava 1% mais cara no Brasil do que no exterior. Já o diesel tinha defasagem de 4,5%.

Apesar da menor defasagem, analistas dizem que o reajuste é necessário para recompor parcialmente as perdas de caixa dos últimos anos.

A defasagem foi um dos fatores que contribuíram para a dívida líquida da empresa crescer 237% nos últimos cinco anos, de R$ 71,5 bilhões para R$ 241,3 bilhões.

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