| Foto: Agência Petrobras

No centro de um gigantesco escândalo de corrupção, a Petrobras cumpriu sua meta de produção de petróleo pela primeira vez em 13 anos.

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No ano passado, a companhia produziu 2,128 milhões de barris de óleo por dia, 0,15% acima do objetivo estabelecido em seu mais recente plano de negócios (2,125 milhões). A produção alcançada em 2015 também foi 4,6% maior que a registrada no ano anterior.

A marca vem num momento de mais “realismo” nas projeções da estatal, que – especialmente na gestão de Sergio Gabrielli, entre 2005 e 2012 – se notabilizou pelas previsões de produção exageradas.

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Exemplo disso é que no plano de negócios válido para o período de 2011 a 2015, lançado na gestão de Gabrielli, a meta para a produção de petróleo em 2015 era de 3,07 milhões de barris por dia. Se considerado esse objetivo, o total produzido no ano passado ficou 31% abaixo do projetado.

Na última terça-feira (12), a empresa revisou para baixo sua projeção para este ano. No plano de negócios 2015-19, anunciado em junho do ano passado, o objetivo para 2016 era de 2,185 milhões de barris por dia. Com a mudança, a meta passou a 2,145 milhões de barris, o que corresponde a uma alta de apenas 0,8% sobre 2015.

A meta para 2020 prossegue em 2,8 milhões de barris por dia. Até o plano de negócios 2014-2018, elaborado na gestão de Graça Foster, a estatal planejava chegar ao fim da década produzindo 4,2 milhões de barris diários.

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Revisão

A Petrobras alterou suas estimativas de produção, gastos e investimentos “à luz dos novos patamares de preço do petróleo e taxa de câmbio”.

A companhia, que inicialmente projetava um preço médio de US$ 70 para o barril no período 2015-19, modificou a previsão para US$ 55 em outubro e, nesta semana, para US$ 45.

A taxa média de câmbio desse período, antes projetada em R$ 3,26 por dólar, subiu a R$ 3,80 na primeira revisão e a R$ 4,06 na alteração mais recente.

Os investimentos, antes estimados em US$ 130,3 bilhões até 2019, foram cortados em quase 25%, para US$ 98,4 bilhões. A mudança, segundo a empresa, se deve à “otimização do portfólio de projetos” e ao efeito do câmbio.