Atualizado em 10/11/2006 às 20h30

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O lucro líquido registrado pela Petrobras no 3º trimestre de 2006 cresceu 26% em relação a igual período de 2005, totalizando R$ 7,1 bilhões.

A receita operacional líquida alcançou R$ 43,4 bilhões, 21% superior ao mesmo período de 2005, também em função do aumento nos preços internacionais e internos, segundo informou a companhia, por meio de uma nota, na noite desta sexta-feira.

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Os números do trimestre ficaram abaixo de projeções feitas por analistas do mercado, que estimavam um lucro de R$ 8 bilhões, o que elevaria o lucro acumulado nos dez primeiros meses da estatal petrolífera para quase R$ 22 bilhões.

O analista da Ágora Corretora, Luiz Otávio previu que o lucro líquido, no terceiro trimestre, ficaria em R$ 7,9 bilhões. O Centro Brasileiro de Infra-Estrutura (CBIE) calculou que o resultado ficaria em torno de R$ 8,5 bilhões. Já a Merrill Lynch estimou R$ 7,9 bilhões. No primeiro semestre do ano a Petrobras teve um lucro líquido de R$ 13,6 bilhões.

Nos nove primeiros meses de 2006, o lucro líquido consolidado da Petrobras foi de R$ 20,7 bilhões, 33% superior ao apurado no mesmo período de 2005.

Os investimentos alcançaram, de janeiro a setembro, R$ 22,6 bilhões, e foram 34% superiores ao mesmo período de 2005, marcando novo recorde para os primeiros nove meses do ano, e foram acompanhados por reduções do endividamento líquido de R$ 24,8 bilhões em 31 de dezembro de 2005 para R$ 20,8 bilhões em 30 de junho deste ano e R$ 19,6 bilhões em 30 de setembro.

Segundo a nota divulgada pela estatal, a sólida atuação financeira da empresa "foi possível em virtude da forte geração de caixa (Ebitda) de R$ 40,7 bilhões, 18% acima dos R$ 34,6 bilhões gerados no mesmo período de 2005".

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Os resultados acumulados nos primeiros nove meses foram suportados por um crescimento da receita operacional líquida da ordem de 20%, alcançando R$ 117,2 bilhões. Os preços internacionais do petróleo Brent aumentaram 25% em dólar no mesmo período.

A companhia, segundo o comunicado, manteve sua política de preços de alinhamento com o mercado internacional no médio prazo, evitando o repasse de variações sazonais ou localizadas geograficamente.

Os preços médios de realização de venda de derivados, denominados em reais, cresceram 13% entre janeiro e setembro de 2006 e igual período de 2005. Considerando a valorização do real neste período, de 13%, o aumento acompanhou a variação dos preços internacionais do petróleo bruto.

O aumento da receita líquida foi acompanhado por um crescimento de 23% dos custos dos produtos vendidos entre janeiro de setembro de 2006. Este crescimento refletiu a incorporação de valores extraordinários referentes a: ajustes nos custos de produção de gás reinjetado (devido a revisão de práticas contábeis), e revisão de participações governamentais retroativas a 2002 devido a reinterpretação pela ANP de custos incorridos nos financiamentos estruturados do campo de Marlim.

O crescimento do custo de produtos vendidos foi também influenciado pelo incremento de participações governamentais, em função do aumento da produção nacional de petróleo e gás natural em novos campos de alta produtividade como Barracuda, Caratinga, Albacora Leste e Golfinho, e pelo aumento dos preços de referência utilizados pela ANP, que são referenciados ao preço do óleo Brent, cuja cotação teve uma forte escalada no período.

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"Estes resultados foram parcialmente compensados pelos custos incorridos na recompra de Bonds em julho de 2006 (R$ 321 milhões) e pela liquidação antecipada dos Sênior Trust Certificates em março de 2006 (R$ 29 milhões)", acrescenta a nota.