A Petrobras concluiu todo o programa exploratório mínimo previsto para a área da camada pré-sal - localizada abaixo do leito marinho - no entorno do campo de Tupi, uma megarreserva de petróleo, com um volume estimado entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris. O chamado cluster de Tupi (que envolve um total de sete blocos divididos entre seis sócios além de Petrobras) não deverá ter mais nenhum poço exploratório perfurado este ano nas áreas operadas pela Petrobras, informou o coordenador de Exploração e Produção da estatal, Eduardo Molinari. Ele lembrou que ainda por ser perfurado o bloco BM-S-22, único na área não operado pela Petrobras e sim pela Exxon. Estão no bloco a Exxon (40%), Amerada Hess (40%) e Petrobras (20%).
De acordo com Molinari, atualmente estão sendo concluídos poços em dois blocos na área: em Júpiter e em Iara. A sonda Stena Drill que está concluindo os trabalhos em Jupiter será deslocada para o BM-J-3, na Bacia do Jequitinhonha, ao sul da Bahia. Já a sonda Paul Wolf, que está atuando em Iara, será deslocada para BM-C-14, na Bacia de Campos. Ambos os deslocamentos devem ocorrer no início de setembro.
Molinari ainda informou que a negociação com a Repsol para a manutenção do empréstimo da sonda que está em Carioca, usada para fazer as primeiras perfurações no local, não deu certo. O uso da sonda permitiria a identificação de volumes de petróleo existentes na área. Porém, acionistas da Repsol cobraram a volta do equipamento para o Golfo do México, onde estava atuando inicialmente.
A estatal ainda pretende perfurar poços no pré-sal - camada de reservatórios que se encontram no subsolo do litoral do Espírito Santo a Santa Catarina, ao longo de 800 quilômetros - nas águas rasas da Bacia de Santos. Um deles será no BM-S-45, bloco ao norte da área de Parati (BM-S-10) e cujo prospecto é chamado de Taquari. O outro, o BM-S-12, na costa de Santa Catarina, cujo prospecto é chamado Ilhabela. Para 2009, são previstas para operarem no Brasil em profundidade superior a dois mil metros pelo menos sete novas sondas. Outras seis novas chegam em 2010 e mais uma em 2011.
Plano de contingência
A Petrobras, que é líder em pesquisa e produção de petróleo em águas profundas e ultraprofundas, também divulgou hoje que contratou as 12 primeiras sondas de seu pacote de 40 lançado ao mercado. Elas serão construídas no exterior e serão entregues em 2012. Indagado sobre a existência de um plano de contingência no caso de haver atrasos na entrega desses equipamentos, o diretor da área financeira da estatal, Almir Barbassa, afirmou que "são empresas experientes e confiáveis no mercado que devem arcar com seu compromisso" e que "não há como fazer plano de contingência devido à falta de equipamentos deste tipo atualmente disponíveis", disse. Para o período entre 2013 a 2017, a Petrobras pretende contratar as 28 sondas restantes de seu programa, junto ao mercado nacional.
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