O número de unidades marítimas da Petrobras na Bacia de Campos atingidas pela greve caiu para 46 nesta sexta-feira (6), ante 48 unidades na quinta, informou a Federação Única dos Petroleiros (FUP) em nota à imprensa.
No novo levantamento, a federação informou que 26 dessas unidades estão com as operações completamente paradas, ante 30 informadas no dia anterior. Além disso, três unidades permanecem parcialmente paradas e 17 operando com equipes de contingência.
Questionado se o movimento pode estar enfraquecendo, o diretor de Comunicação da FUP, Francisco José de Oliveira, negou e frisou que está crescente e permanece impactando a produção de petróleo e derivados do Brasil.
Os petroleiros protestam principalmente contra o plano de venda de ativos da petroleira, de mais de US$ 15 bilhões até 2016. Além disso, querem a retomada dos investimentos da Petrobras, o fim das demissões e a garantia de benefícios.
O movimento atinge unidades da Petrobras em todo o país, incluindo 11 refinarias, entre elas a Refinaria Presidente Getulio Vargas (Repar), em Araucária; terminais da Transpetro, unidades de tratamento e processamento de gás.
Também estão em greve, segundo a FUP, trabalhadores de seis plataformas no Ceará, duas no Espírito Santo, além de campos de produção terrestre na Bahia, Rio Grande do Norte e Espírito Santo. Muitas das unidades afetadas operam com equipes de contingência.
Na quinta-feira (5) à noite, a estatal informou que a perda de produção em função da greve foi de 127 mil barris de petróleo, ante perda de 134 mil barris na quarta-feira (4).
A queda na produção diária de quinta-feira representa cerca de 6% da extração normal no Brasil, que atingiu 2 milhões de barris/dia em média, em setembro.
Os 12 sindicatos de petroleiros filiados à FUP iniciaram a greve no último domingo (1º).
Já os cinco sindicatos filiados à Federação Única dos Petroleiros (FNP) aderiram ao movimento na última quinta-feira.
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