O grupo PSA Peugeot Citroen estima um crescimento de 30 por cento nas vendas de veículos em 2008 no Brasil e na Argentina, para cerca de 260 mil unidades, e mantém previsão de investir na região 500 milhões de dólares entre este ano e 2010. Desse total, 200 milhões serão aplicados este ano.
O presidente da Peugeot do Brasil, Laurent Taste, afirmou que a companhia não fechou projeções para 2009, mas estima que o primeiro trimestre do próximo ano seja "um pouco mais fraco" que em 2008 por causa da crise no mercado financeiro.
"Acho o mercado um pouco mais difícil agora, mas a Peugeot vai cumprir seus objetivos de vendas", afirmou o executivo após apresentação no 25º Salão do Automóvel.
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Ele aposta que o impacto da crise externa no Brasil será um pouco menor que nos Estados Unidos e Europa porque a economia brasileira cresce sem especulação, mas a preocupação da montadora agora é com a disponibilidade de crédito.
A drenagem de recursos para o financiamento para compra de veículos por parte dos bancos comerciais acabou obrigando o banco da montadora a ampliar sua participação nas vendas da companhia de 30 para 40 por cento, disse Taste. "O que o governo pode fazer para ajudar o setor industrial agora é bem simples: crédito".
Para o Brasil, a Peugeot, isoladamente, tem previsão de vendas de 90 mil veículos em 2008, um aumento de 15 por cento sobre 2007. A companhia trabalhava com uma projeção de que o mercado interno absorveria este ano 2,9 milhões de automóveis, mas com a crise os números foram revistos para 2,7 milhões.
Na Europa, o grupo anunciou na semana passada que planeja corte de produção de 30 por cento no quarto trimestre por conta da queda acentuada na demanda. Para a região do Cone Sul, a companhia, segundo Taste, pode se valer de "flexibilidades" como redução de horas extras, a depender da evolução dos impactos da crise na região. A companhia opera atualmente em três turnos.
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