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O Produto Interno Bruto (PIB), que mede o desempenho da economia brasileira, registrou queda de 0,8% nos três primeiros meses de 2009, na comparação com os três meses imediatamente anteriores. No quarto trimestre de 2008, a economia já havia encolhido 3,6% em relação ao trimestre anterior, a maior queda desde o início da série, iniciada em 1996.
Com isso, o país registra sua primeira recessão técnica (definida pela queda do PIB por dois trimestres consecutivos) desde o primeiro e o segundo trimestres de 2003 quando a economia encolheu 1,44% e 0,23%, respectivamente, segundo o IBGE.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2008, a queda do PIB no início de 2009 foi de 1,8% - no quarto trimestre de 2008, houve crescimento de 1,3% da economia nesta comparação.
No acumulado dos últimos quatro trimestres, o crescimento do PIB ficou em 3,1%, chegando a R$ 684,6 bilhões.
Setores
Os investimentos, que respondem por cerca de 19% do PIB, tiveram no primeiro trimestre deste ano uma queda de 12,6% frente ao trimestre anterior, a maior redução desde o início da série nessa base de comparação (1996). As exportações e bens de serviços também tiveram queda, de 16%, enquanto as importações caíram 16,8% no mesmo período.
O destaque positivo ficou por conta do consumo das famílias, responsável por cerca de dois terços do PIB, que registrou crescimento de 0,7% em relação ao trimestre imediatamente anterior, após variação negativa de 1,8% no quarto trimestre de 2008. O consumo do governo também teve alta, de 0,6% no 1º trimestre.
Pelo lado da oferta (de quem produz), quem mais contribuiu para a queda do PIB foi a indústria, que se retraiu 3,1%. A agropecuária também perdeu tamanho e recuou 0,5%. Serviços tiveram desempenho melhor, com expansão de 0,8%.
Primeiros trimestres
Na comparação com o primeiro trimestre de 2008, apenas o setor de serviços registrou resultado positivo, segundo o IBGE: indústria e agropecuária tiveram reduções de 9,3% e 1,6%, respectivamente. Já o setor de serviços teve alta de 1,7%.
O recuo da indústria foi puxado pela indústria de transformação, onde a queda foi de 12,6%, a maior da série histórica, influenciada principalmente pela redução na produção de máquinas e equipamentos.