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Empreendedorismo

Pipoqueiro da Tiradentes vira caso de marketing

Vídeo: | Reprodução RPC TV
Vídeo: (Foto: Reprodução RPC TV)

Cheio de orgulho, o pipoqueiro Valdir Novaki apresenta não uma, mas dezenas de inovações criadas especialmente para o seu carrinho, instalado na Praça Tiradentes. A "nave" – como ele o chama carinhosamente – tem estampada uma logomarca própria, em pintura automotiva, e guarda-sol personalizado. "Montei o carrinho dos meus sonhos." Junto com a pipoca, o cliente leva um "kit higiene" (com guardanapo, palito de dente, uma bala e um folder). Além disso, a cada dia da semana ele usa um avental diferente, com o dia estampado no bolso. "Assim o cliente tem certeza que está limpo e é trocado todos os dias."

As inovações são idéias dele e do cliente e consultor de marketing Ricardo Coelho. Valdir investiu cerca de R$ 4 mil para iniciar o negócio – um carrinho normal não custa mais de R$ 1,5 mil. "Mas, de lá pra cá, já devo ter investido uns R$ 15 mil", conta o ex-bóia-fria, instalado na Tiradentes há 6 meses. Ele não tem a menor dúvida de que o investimento valeu a pena, mas não revela quanto vende por dia, nem o faturamento. Diz apenas que já recuperou o investimento e opta pela comparação: "Quando estava empregado, ganhava x. Agora ganho oito vezes x", diz. "É o carrinho que dá o sustento da minha família." O interesse que a "nave" desperta em quem passa pela praça também não deixa dúvidas do sucesso do "empreendimento".

O consultor, e entusiasta assumido do projeto, conta que eles criaram uma lista de 150 diferenciais para o negócio. "Começa pelo fato de não abrir o pacote com as mãos sem luvas e chega ao controle total da linha de produção, dos custos e da receita." A próxima novidade será a instalação de uma máquina para que os clientes possam pagar a pipoca com cartão de débito e crédito. O guarda-sol também vai virar espaço de mídia.

Coelho é cliente de Valdir desde que ele trabalhava em outro carrinho – bem mais simples –, alugado de um terceiro. "Eu adotei o Valdir. Posso dizer que é o meu projeto de responsabilidade social."

O pipoqueiro cursou apenas até a 4.ª série do fundamental. "Apesar de não ter cultura acadêmica, ele tem muita disposição para aprender e hoje tem muito a ensinar."

Dono de um site na internet (www.pipocadovaldir.com.br), o pipoqueiro dá palestras sobre empreendedorismo, motivação e excelência em atendimento no Seabre e até em universidades. "O Valdir tem carisma e pratica o verdadeiro varejo. É uma escola até para o Mc Donalds", elogia o consultor. O próximo projeto da dupla é levar o pipoqueiro ao Jô Soares.

Preços

Apesar dos diferenciais, o preço da Pipoca do Valdir é o mesmo das demais vendidas no centro da cidade: R$ 1,50 o pacote médio e R$ 2 o grande. "O meu custo é um pouco maior. Mas o cliente não vai pagar a mais por isso diz Valdir." Com o volume de vendas o pipoqueiro consegue dissolver o custo fixo – elevado pelo azeite de canola, sal light, para quem preferir, e pacote amanteigado, para não engordurar as mãos do cliente. Cada kit limpeza custa 4 centavos. "A margem de lucro suporta o gasto e o diferencial é importante. Aumenta o giro de pessoas", diz o consultor Ricardo Coelho.

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