Multidão de pessoas protestam contra medidas fiscais do governo em frente ao Parlamento grego, na Praça Sintagma, em Atenas| Foto: REUTERS/Pascal Rossignol

Cerca de 80 mil gregos protestaram no centro de Atenas neste domingo para denunciar políticos, banqueiros e evasores de impostos, enquanto o governo se prepara para impor medidas extras de rigor fiscal exigidas pelos credores internacionais.

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"Ladrões, desonestos, banqueiros", protestava um dos cartazes. Milhares de pessoas lotaram a Praça Sintagma, em frente ao Parlamento da Grécia, para expressar a frustração diante do desemprego crescente, culpando a corrupção política pela crise.

A polícia disse que mais de 80 mil pessoas lotaram a praça Syntagma, embora os manifestantes acusem as autoridades regularmente de subestimar os seus números.

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Os manifestantes se reuniram na praça todas as noites durante 12 dias, mas domingo foi, de longe, a maior concentração do movimento que se inspira em protestos semelhantes na Espanha.

Em meio a uma série de mãos espalmadas acenando para o Parlamento -- gesto considerado ofensivo pelos gregos --, um manifestante empunhava um cartaz que lia "Bravo, Iêmen". O presidente iemenita foi submetido a uma cirurgia na Arábia Saudita por ferimentos sofridos em um ataque a seu palácio.

Outro cartaz fazia comparações com os protestos de Cairo, que derrubaram o presidente egípcio Hosni Mubarak. "Da Praça Tahrir à Praça Sintagma, nós apoiamos vocês!"

O governo do primeiro-ministro grego, George Papandreou, considera um plano econômico para impor ainda mais medidas de austeridade em troca de um segundo programa de ajuda externa.

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