| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Cerca de 500 funcionários aderiram ao plano de demissões voluntárias (PDV) que a Volvo lançou em meados do ano e encerrou no início deste mês. Cada um receberá de 1,5 a quatro salários nominais, conforme o tempo de casa.

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Até novembro, a montadora empregava 3,5 mil pessoas em seu complexo fabril na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). A companhia vinha salientando, desde o fim do primeiro semestre, que a forte retração do mercado brasileiro havia levado ao fechamento de um dos turnos de produção, criando um excedente de aproximadamente 600 empregados em seu quadro de pessoal.

A maioria dos funcionários que deixaram a empresa fazia parte de um grupo que teve os contratos de trabalho suspensos pelo regime de layoff no segundo semestre deste ano.

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Pela legislação trabalhista, essas pessoas não têm mais direito ao seguro-desemprego pago pelo governo, pois já o receberam enquanto estiveram afastadas do trabalho. Mas as que aderiram ao PDV receberão da Volvo valor equivalente ao benefício – algo próximo de R$ 6,5 mil por trabalhador, segundo a assessoria de imprensa da montadora.

Vendas em queda

O complexo da Volvo na CIC tem cinco fábricas: de caminhões, chassis de ônibus, cabines, caixas de câmbio e motores. Todas tiveram sua produção reduzida em razão da crise econômica.

Segundo a Anfavea, que reúne as montadoras brasileiras, as vendas de caminhões da Volvo despencaram 56% no acumulado de janeiro a novembro. A empresa vendeu 7,7 mil unidades no mercado nacional, 10 mil a menos que no mesmo período de 2014. O recuo da Volvo acompanhou o desempenho dos dois mercados em que ela atua, de veículos pesados (cujas vendas caíram 61% no país) e semipesados (-48%).

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No caso dos ônibus, cujo mercado encolheu 38%, as vendas da montadora tiveram queda de 50%, de 1,6 mil nos 11 primeiros meses de 2014 para pouco menos de 800 unidades neste ano.

Os resultados do mercado externo também recuaram, em dólares. De janeiro a novembro, a montadora exportou US$ 310 milhões, 11% abaixo das receitas registradas um ano antes. Nesse caso, no entanto, a desvalorização do real ajudou – na conversão para a moeda brasileira, o faturamento com as vendas ao exterior certamente cresceu neste ano.