O plano alternativo de recuperação judicial que será apresentado nesta sexta-feira (16) à Oi prevê injeção imediata de um valor entre US$ 1,250 bilhão e US$ 1,750 bilhão na tele. Além disso, propõe o investimento de US$ 12 bilhões (cerca de R$ 40 bilhões) por seis anos. A proposta será apresentada pelo grupo de credores da Oi representados pela Moelis & Company e composto ainda por bancos de fomento e o investidor egípcio Naguib Sawiris.
Os credores irão retomar ainda a proposta de troca de 95% dos títulos da dívida em ações. Embora esse tenha sido o ponto que levou à ruptura das negociações preliminares com a companhia e ao consequente pedido de recuperação judicial, a Oi tem mostrado mais recentemente flexibilidade com a ideia de conversão de dívida em ação para desalavancar a empresa.
Nesta sexta será a primeira conversa formal de Sawiris com a Oi desde que seu nome tem circulado como interessado na tele. Esta também será a primeira proposta formal de ajuste financeiro e injeção de capital na tele e foi costurada com a Anatel e com os bancos públicos.
A agência reguladora, com a qual a Oi tem uma dívida de R$ 20,2 bilhões, receberia, de acordo com o plano, R$ 6 bilhões parcelados nos primeiros anos e o restante poderia ser convertido em investimentos.
O plano costurado deve contar ainda com o apoio dos bancos de fomento, entre os quais está o China Development Bank, com uma dívida de US$ 600 milhões. Os bancos de fomento como um todo têm US$ 1,6 bilhão em títulos de dívida e aderiram ao grupo da Moelis que, por sua vez, representa cerca de US$ 4 bilhões de bondholders, segundo fontes próximas ao grupo.
A Oi pode ouvir alguma proposta do fundo norte-americano Cerberus, que no Brasil é representado por Ricardo K, conhecido por reestruturar empresas. Ao contrário do grupo de Sawiris, o fundo Cerberus procurou a empresa para estudar oportunidades na tele e um acordo de confidencialidade foi firmado visando troca de informações. A Elliot também já indicou que fará proposta para a companhia.
A Oi declarou R$ 65 bilhões em dívidas na recuperação judicial e os bondholders são os maiores credores. Eles buscam se organizar para ter voz nas discussões futuras com a empresa e nas assembleias de credores.
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